Existe um clássico no jornalismo e no direito penal segundo qual é preciso ‘seguir o dinheiro’ (Follow the Money) para chegar ao mandante de determinado crime. Tal mantra ganhou envergadura com o escândalo Watergate, nos Estados Unidos.
A questão é: quem financia o ódio, as ameaças contra ministros e a violência contra o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional?
A CPMI das Fake News, no Congresso, tem algumas pistas porque há algum tempo parlamentares da Câmara e do Senado vêm seguindo o dinheiro que financia os acampamentos, os carros de som, os outdoors, enfim, o marketing político desses grupos de extrema direita.
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O ex-presidente Lula fez uma importante denúncia na última quinta-feira (11), durante coletiva com youtubers, transmitida pelo Blog do Esmael, sobre o financiamento ilegal do presidente Jair Bolsonaro e do bolsonarismo. Ele atribuiu a informação à CPMI das Fake News.
Quanto à prisão da ativista Sara Winter, líder pública do grupo 300 do Brasil, pode ser o fio da meada para chegar ao ‘capo’ –o cabeça do grupo, como se diz na máfia italiana.
As investigações no inquérito da fake news, que tem relação causal com os ataques ao Congresso e ao STF, apontam que Winter e outros cinco presos nesta segunda-feira (15) são suspeitos de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos, e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.
Não precisa ser “Mãe Zambelli” para deduzir que alguns empresários bolsonaristas podem ir para xilindró nas próximas horas ou dias. É questão de tempo. Portanto, tic-tac, tic-tac.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.