Ao vivo: CPI da Covid ouve o diretor do Instituto Butantan

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, presta depoimento nesta quinta-feira (27) à CPI da Covid. Em sua apresentação inicial, ele afirmou que houve um oferecimento de 60 milhões de doses da CoronaVac ao governo federal ainda em julho de 2020, mas o instituto não recebeu uma resposta efetiva. Segundo o pesquisador, em outubro de 2020, foi feita uma nova oferta de 100 milhões de doses.

Dimas Covas disse ainda que foi frustrante ouvir as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a CoronaVac e o consequente atraso nas negociações da aquisição do imunizante em outubro de 2020. Dimas Covas disse ainda que não houve nenhum apoio financeiro do governo federal no desenvolvimento da vacina.

O diretor do Butantan afirmou que a vacina ButanVac foi apresentada ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas ainda não há tratativas com a pasta. A expectativa do Butantan é entregar até 40 milhões de doses no último trimestre de 2021.

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Para o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, o governo é contraditório ao investir R$ 2 bilhões na vacina da AstraZeneca, antes de a Anvisa liberar o uso, e nada na CoronaVac. Ele disse que o boicote à CoronaVac se dá por razões ideológicas.

“Importante depoimento na CPI da Covid, Dimas Covas, do Butantan, diz que foram ignoradas 60 milhões de vacinas em 2020. Primeiras doses ficaram prontas em novembro. Decisão de Bolsonaro de não ter vacina foi deliberada, é fato e configura crime contra a saúde pública”, opinou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do PT.

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