Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ampliaram a pressão nesta segunda-feira (20) para que ele cancele a manifestação do próximo domingo, dia 26, convocada para defendê-lo e espezinhar o Congresso e o Supremo.
Nem mesmo a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), está de acordo com o protesto chamado em meio ao tsunami político da semana passada provocado pela megaminifestação da educação e a quebra de sigilo do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
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Outra liderança importante do PSL que se coloca contrária às ruas no domingo é a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), que elevou hoje o tom das críticas e poderá deixar a agremiação do presidente da República.
Alvo de ataques de bolsonaristas nas redes sociais, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) também tem se mostrado desconfortável com a convocação da manifestação. Aliás, a chamada do protesto de domingo tem como inimigos preferenciais o Congresso e o Supremo.
Até o Movimento Brasil Livre (MBL), outrora aliado de primeira hora do capitão, pressiona pelo cancelamento da manifestação. Por isso está sendo chamando de “traidor” pelos próprios bolsominions.
Pressionado, Bolsonaro não sabe o que faz. Se recuar, mostrará fraqueza. Se ligar o botão do “foda-se” poderá ser sócio de um enorme fiasco nas ruas.
Enfim, a situação do presidente Jair Bolsonaro é a seguinte: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.