O Ministério de Relações Exteriores do Brasil solicitou o credenciamento de representantes do líder da oposição golpista da Venezuela, Juan Guaidó, para integrar a delegação brasileira, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro, que participará da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
O Itamaraty pediu que fossem incluídos o nome de Carlos Vecchio, “embaixador” de Guaidó em Washington, e da “embaixadora” de oposição ao governo de Maduro, Isadora Guevara. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
Se o credenciamento for aprovado, qualquer declaração de Vecchio ou Guevara durante as reuniões em Nova York será atribuída ao Brasil.
O gesto do Itamaraty é inédito, inusitado, e rompe com a tradição da diplomacia brasileira, adotando uma política aberta de provocação ao estado soberano da Venezuela e ao governo constitucional de Nicolás Maduro.
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Guaidó, cada vez mais isolado, tentou no mês de abril um golpe contra o governo constitucional da Venezuela.
Maduro não vai participar da Assembleia Geral da ONU deste ano. A Venezuela será representada pela vice-presidente, Delcy Rodríguez, e pelo chanceler, Jorge Arreaza.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.