Espionagem: Aliada ao Brasil, Alemanha pode dar asilo a Snowden

do Brasil 247

Mais do que simplesmente publicar seu manifesto, a revista Der Spiegel, a mais importante da Alemanha, tomou uma posição: defendeu que a chanceler à‚ngela Merkel conceda asilo diplomático a Edward Snowden, para que seja possível protegê-lo, mas também conhecer a fundo os detalhes da espionagem; em julho deste ano, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu que o Brasil fizesse o mesmo, mas o Itamaraty preferiu manter distância dessa hipótese; Dilma e Merkel apresentarão resolução conjunta nas Nações Unidas.
Mais do que simplesmente publicar seu manifesto, a revista Der Spiegel, a mais importante da Alemanha, tomou uma posição: defendeu que a chanceler à‚ngela Merkel conceda asilo diplomático a Edward Snowden, para que seja possível protegê-lo, mas também conhecer a fundo os detalhes da espionagem; em julho deste ano, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu que o Brasil fizesse o mesmo, mas o Itamaraty preferiu manter distância dessa hipótese; Dilma e Merkel apresentarão resolução conjunta nas Nações Unidas.
A revista alemã Der Spiegel foi a publicação escolhida por Edward Snowden, técnico da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, para publicar um manifesto onde afirma algo incontestável: dizer a verdade não pode ser considerado um crime (leia mais aqui).

No entanto, mais do que simplesmente publicar o texto de Snowden, enviado à  revista de forma criptografada, a Spiegel tomou uma posição editorial: defendeu, na capa, que a chanceler alemã Angela Merkel conceda o asilo diplomático a ele. Embora já tenha obtido esse benefício da Rússia, Snowden se adaptaria melhor à  Alemanha. Além disso, sua presença no país ajudaria a desvendar os segredos da espionagem norte-americana.

Caso Merkel tome essa decisão, ela poderá fazer por Snowden algo que esteve diante também do Brasil. Em julho deste ano, quando vieram à  tona as primeiras informações sobre a espionagem americana sobre o governo Dilma, alguns senadores defenderam que o Brasil lhe desse asilo diplomático.

“A reação mais lógica e mais séria em relação a essa história da espionagem americana seria imediatamente conceder asilo ao Snowden. E nós teríamos condição de saber, nós e o mundo, com mais seriedade e transparência, o que realmente significou a espionagem. O Snowden é um herói dos Estados Unidos. Amanhã ou depois, a história vai se lembrar do Snowden, e não do Obama, que foi quem acabou sendo responsável pela espionagem na internet no mundo inteiro. à‰ uma vergonha que alguns países latino-americanos tenham oferecido, e nós fiquemos enrolando esse assunto”, disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

No manifesto publicado neste fim de semana, Snowden alega ter prestado um serviço a vários países. “Em vez de causar danos, a informação que trouxe a público é útil, e isso está claro agora, porque reformas e leis estão sendo sugeridas”, escreveu ele. “Os cidadãos têm o direito de lutar contra a supressão de informações que lhe são essenciais. Aqueles que falam a verdade não estão cometendo nenhum crime.”

Até agora, já se sabe que, além do Brasil, México, Espanha, França e Alemanha também foram espionados. No caso alemão, foi mais grave, porque as interceptações atingiram o celular de Angela Merkel e o próprio secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que a espionagem foi “longe demais”.

Economia

No entanto, isso não significa que os Estados Unidos estejam dispostos a perdoar Snowden. Neste domingo, Dan Pfeiffer, conselheiro da Casa Branca, declarou à  Associated Press que Snowden terá que retornar aos Estados Unidos para responder por crimes de traição e vazamento de informação confidencial.

Unidos por terem sido alvos da espionagem, as presidentes Dilma Rousseff e Angela Merkel apresentarão uma resolução conjunta à s Nações Unidas em defesa da privacidade dos governos e dos cidadãos.

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