Presidente Lula realiza reunião para combater o problema; Soluções envolvem famílias e plataformas digitais
Ao caminhar pelas ruas em que existem escolas públicas e privadas, ao menos na área central de Curitiba, viaturas e três cadetes da Polícia Militar do Paraná (PMPR) estão a postos em frente ou dentro dessas instituições de ensino da educação básica. A princípio, isso mostra como as ameaças de atentatos estão sendo tratados: com alerta máximo.
Embora a sensação de segurança seja maior nessas áreas com policiamento reforçado, pais e alunos ainda temem violência nesta quinta-feira (20/4), data que remente ao nascimento do nazista Adolf Hitler e ao massacre de ‘Massacre de Columbine’. Dois momentos sombrios e horrendos da história moderna mundial.
“Há ação de lobo solitários, oportunistas e psicopatas? Sim, mas há orquestração de gente que se inspira em agrupamentos extremistas. 20 de abril é aniversário de Hitler, não é aniversário só da tragédia hedionda de Columbine”, disse recentemente o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que lidera o combate a ameaças principalmente nas redes sociais.
Dito isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu uma reunião no Palácio do Planalto, na terça (18/4), para discutir ações integradas contra a violência nas escolas.
Representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público, estados e municípios, discutiram o papel das famílias e das plataformas digitais no combate ao tema.
O governo federal anunciou o repasse de R$ 3 bilhões aos estados e municípios para combater a violência nas escolas.
Os participantes destacaram a importância de envolver a sociedade nas escolas, controlar o discurso online e educar os pais sobre sua responsabilidade na educação de seus filhos.
A violência escolar tem aumentado no Brasil e no mundo devido à exposição a conteúdos violentos veiculados nas mídias digitais – argumentaram as autoridades presentes no evento.
É fundamental evitar que crianças e adolescentes acessem tais conteúdos, e as autoridades devem buscar soluções para evitar que a sociedade perca seu humanismo – disseram eles.
O encontro resultou na unificação de esforços no combate à violência escolar, destacando que não deve ser permitida a utilização das redes digitais para promover o discurso de ódio.
Durante a reunião plural e suprapartidária, o presidente Lula fez um apelo aos pais e familiares.
“Sem a participação dos pais, a gente não consegue recuperar um processo educacional correto nas nossas escolas. Não vamos transformar escolas em prisão de segurança máxima, não tem dinheiro para isso nem é humanamente, politicamente e socialmente correto. Se fizermos, vamos dar uma demonstração de que não servimos para muita coisa, porque não sabemos resolver o problema real”, declarou o mandatário.
O que você precisa saber sobre as ameaças de ataques a escolas
- PM-PR reforçou policiamente nas áreas escolas em Curitiba.
- Reunião promovida pelo presidente Lula discutiu ações integradas contra a violência escolar.
- O envolvimento da sociedade, o controle do discurso online e a educação dos pais foram enfatizados como fatores-chave no combate ao problema.
- O governo federal anunciou o repasse de R$ 3 bilhões aos estados e municípios para o combate à violência nas escolas.
- O uso de redes digitais para promover discurso de ódio não deve ser permitido.
- O encontro resultou na unificação de esforços no combate à violência escolar.
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