O cenário político brasileiro presenciou um marco significativo neste sábado, 9 de setembro, com a decisão da cúpula do partido Cidadania de afastar Roberto Freire da presidência da legenda, após um impressionante período de 30 anos no comando.
Freire, ex-deputado federal, senador e ministro da Cultura, era uma figura central na política nacional, e sua saída da liderança do partido marca o fim de uma era.
O Cidadania, anteriormente conhecido como Partido Popular Socialista (PPS) até sua mudança de nome em 2019, viu a longevidade de Freire no poder sendo frequentemente comparada à liderança do presidente russo, Vladimir Putin.
No entanto, enquanto Putin era rotulado de “ditador”, a ditadura interna de Freire recebia pouca atenção da velha mídia corporativa e por partidos de centro-direita brasileiros.
Com a saída de Freire, Plínio Comte Bittencourt, líder do Cidadania no Rio de Janeiro, assume o posto de presidente da sigla.
Bittencourt possui um histórico político sólido, tendo sido deputado estadual entre 2003 e 2018.
A decisão também acarreta na saída do ex-deputado federal Daniel Coelho (PE) da vice-presidência do partido.
A trajetória de Freire na política brasileira é notável.
Em 1989, ele concorreu à Presidência da República pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, na década de 1990, foi um dos fundadores do então PPS, que se originou de dissidentes do PCB.
Sua carreira incluiu um mandato como ministro da Cultura durante a gestão de Michel Temer (MDB).
Em uma nota oficial, Freire comunicou sua saída da direção nacional do partido e destacou sua jornada de décadas na legenda, enfatizando seu compromisso com os princípios do partido e com aqueles que o apoiaram ao longo dos anos.
A situação interna do Cidadania havia se deteriorado recentemente, com uma reunião virtual conturbada, marcada por discussões acaloradas entre membros do partido.
Ao final da reunião, uma resolução foi aprovada por uma margem apertada, convocando o diretório nacional do Cidadania para reestruturar a executiva nacional por meio de eleições.
Freire defendeu que todas as facções do partido deveriam ser envolvidas no processo de tomada de decisões, acusando alguns membros de quererem derrubá-lo para apoiar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-deputado Daniel Coelho saiu em defesa de Freire, dando início a uma troca de palavras acalorada com o também ex-deputado Regis Cavalcante.
As ofensas voaram, e o clima ficou tenso na reunião.
O afastamento de Roberto Freire da presidência do Cidadania marca o fim de uma era na política brasileira e deixa espaço para novas lideranças emergirem.
O Brasil observa atentamente os desenvolvimentos políticos que se seguirão a essa decisão surpreendente, no entanto, caiu o reinado de Freire.
O Cidadania, atualmente, está federado com o PSDB.
Freire atrelou a sorte do PPS e, consequentemente do Cidadania, ao destino do PSDB.
Como o projeto tucano naufragou, o Cidadania também afundou com o golpe contra Dilma e ascensão de Jair Bolsonaro (PL).
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Coisas da vida… ciclos se fecham. Freire e Rubens Bueno não podem mais nada no Cidadania. E estão arcando com as escolhas equivocadas…
Gigolo de partido. Secou a TETA ……lazarento ……..jf