O miliciano e ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, teria doado R$ 2 milhões em dinheiro à campanha do hoje governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), em busca de proteção. A informação foi prestada pela viúva de Adriano, Júlia Lotufo, segundo a reportagem da revista Veja.
De acordo com a revista, Júlia havia manifestado preocupação, ainda em 1º de fevereiro, de que Adriano poderia ser executado como “queima de arquivo“, a mando de Witzel.
O miliciano veio a ser executado 8 dias depois, em operação da Polícia Militar da Bahia com apoio do grupo de inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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Alvo de ordem de prisão preventiva, Adriano ficou foragido e cobrou proteção de aliados. O ex-capitão tinha laços políticos e de amizade com o clã Bolsonaro.
Em nota à Veja, Witzel negou conhecer Adriano e disse que não recebeu doações dele para sua campanha. Além disso, afirmou que vai processar a viúva do policial por calúnia, difamação e injúria.
O senador Flavio Bolsonaro (sem partido), que homenageou o miliciano na Assembleia Legislativa do Rio do Janeiro, postou um trecho da reportagem da Veja em sua conta no Instagram. “Peço desculpas a todos que votaram nele [Witzel] a meu pedido“, escreveu.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.