Abrir ou não abrir o comércio, eis o dilema de Bolsonaro, governadores e prefeitos

Bolsonaro leva a sério sua necropolítica, a política da morte, nesses tempos de coronavírus.
A chapa esquentou nesta semana para gestores em todos as esferas da administração pública. Do presidente Jair Bolsonaro a governadores e prefeitos. O dilema deles é único: abrir ou não abrir o comércio e serviços não essenciais?

Boa parte deles segue a tese “negacionista” de Bolsonaro, reabrindo as atividades apesar dos constantes alertas e sinais vindo de todo o mundo. A OMS pede cautela é diz que o pico de coronavírus ainda vai varrer o planeta durante os meses de maio e junho.

Entre o alongamento de quarentenas, como é o caso de São Paulo, há quem também tenha afrouxado geral, a exemplo de Curitiba.

Entretanto, na capital paranaense, a prefeitura “delegou” a responsabilidade para os cidadãos determinando o uso de máscara em locais públicos.

Porém, nenhum desses administradores públicos têm liderança consensual seja para reabrir ou fechar o comércio. Eles são contestados e colocados à prova a cada instante.

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O presidente Bolsonaro reconheceu hoje que “essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro, porque, se agravar, vem para o meu colo”.

Mais dramática é a situação dos prefeitos cujos mandatos estarão em jogo em outubro próximo. Eles não têm tempo de errar, diferente dos governadores que irão às urnas somente em 2022. Até lá, se houve um erro de avaliação no combate ao vírus, dependendo da magnitude, teria tempo de mitigar o estrago.

Em Curitiba, um grupo de 42 “Empresários do Bem” divulgou uma carta aberta com uma lista de motivos para continuarem de portas fechadas durante a pandemia do coronavírus.

No documento, os “Empresários do Bem” pedem à Prefeitura de Curitiba e ao governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), medidas mais enérgicas, essenciais e preventivas para suavizar os efeitos da Covid-19.

Brasil tem 33.682 casos do Coronavírus com 2.141 mortes em 17/04
O balanço desta sexta-feira (17) do ministério da Saúde aponta que o Brasil rompeu o número de 2 mil mortos pelo Coronavírus chegando a 2.141 óbitos. O País tem 33.682 casos confirmados da doença.

Os dados são:

  • 2.141 mortes
  • 33.682 casos confirmados
  • O aumento no número de mortos foi de 11,2% desde na quinta quando o número ficou em 1.924.
  • Já os casos confirmados aumentaram em 10,7%.

São Paulo tem 928 mortes e 12.841 casos confirmados.