A verdade sobre o PIX e os pagamentos online que ninguém nunca te contou

A falácia do PIX e os mistérios dos pagamentos online revelados

Durante sua derrotada campanha presidencial, Jair Bolsonaro (PL) alardeava ser o criador do PIX.

No entanto, o Blog do Esmael desvenda os segredos por trás desse falacioso método de pagamento instantâneo de uma forma que poucos tiveram a chance de conhecer.

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Recomendamos, inclusive, que você compartilhe este post antes que os grandes bancos e seus magnatas nos forcem a retirá-lo do ar.

É um fenômeno que poucos haviam percebido até então.

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Imagine você pegando uma nota de cinquenta reais para pagar suas compras em uma mercearia local.

O dono da mercearia, por sua vez, utiliza a mesma nota para adquirir produtos de um vendedor de sorvetes.

O sorveteiro, por sua vez, repassa a mesma nota ao posto de gasolina para abastecer seu veículo.

Economia

Após 20 ou 30 transações financeiras, a nota de cinquenta reais continua valendo exatamente o mesmo valor.

Agora, se em vez de usar papel-moeda, você opta por pagar o dono da mercearia com um cartão de crédito ou débito, uma porcentagem é destinada ao banco.

O mesmo ocorre quando o dono da mercearia efetua o pagamento ao padeiro com cartão, e assim por diante.

Após 20 ou 30 transações realizadas com cartões, os cinquenta reais simplesmente desaparecem das mãos das pessoas, migrando inteiramente para o sistema bancário.

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Portanto, há uma evidente concentração de renda nas mãos dos poucos banqueiros – ou sistema financeiro, se preferir.

Isso nos explica por que os bancos estão tão ansiosos para eliminar o dinheiro em espécie e digitalizar tudo.

Agora, considerando o PIX…

De acordo com o Banco Central, o PIX movimentou R$ 10,9 trilhões em 2022.

Ou seja, meia dúzia de banqueiros podem ter comido entre 330 e 500 bilhões de reais do montante movimentado.

A título de comparação, os orçamentos da saúde e da educação para este ano somam apenas 300 bilhões de reais.

Explorando as intrincadas taxas do PIX:

O PIX, em sua maioria, oferece transferências gratuitas.

No entanto, há situações em que os bancos podem impor taxas sobre essas transações.

Desde 2020, o Banco Central autoriza tal cobrança, deixando para as instituições financeiras a definição das regras e valores.

Quando pode haver cobrança?

Pessoas jurídicas são o principal alvo.

A taxação pode ocorrer tanto ao realizar quanto ao receber um PIX, pois a transação é categorizada como uma compra.

O Banco Central não estipula uma tarifa fixa ou um limite, deixando a cargo dos bancos determinar o quanto e se vão cobrar.

Por outro lado, pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs) podem realizar ou receber PIX gratuitamente.

A cobrança entra em vigor apenas se a pessoa:

  1. Optar por atendimento presencial (incluindo telefone) quando meios eletrônicos estiverem disponíveis para efetuar o PIX;
  2. Receber mais de 30 PIX por mês (a cobrança inicia a partir do 31º);
  3. Receber PIX por meio de um código QR dinâmico;
  4. Receber PIX por meio de um código QR de pessoa jurídica;
  5. Receber PIX em uma conta definida em contrato como de uso estritamente comercial.

Abaixo, você confere os custos das transferências PIX para pessoas jurídicas em sete das principais instituições financeiras do Brasil:

Caixa Econômica Federal: Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem realizar ou receber PIX gratuitamente no banco. A cobrança de tarifas por parte de pessoas jurídicas, inicialmente prevista para 19 de julho, foi suspensa por decisão de Lula. O banco alegou que a decisão de cobrar pelo serviço estava planejada desde o ano anterior, mas não foi implementada devido à necessidade de ajustes nos sistemas internos.

Banco do Brasil: Clientes pessoas jurídicas (exceto MEIs e EIs) podem ser tarifados toda vez que efetuam um PIX manualmente ou por chave PIX. Todas as contas PJ do BB incluem um número limitado de transferências PIX gratuitas, variando de três a 20 PIX por mês, dependendo do tipo de conta. Além desse limite, as taxas são as seguintes:

  • Envio de PIX: 0,99% do valor transferido (mínimo de R$ 1, máximo de R$ 10)
  • Recebimento de PIX: 0,99% do valor recebido (máximo de R$ 140)

Bradesco: O Bradesco cobra tarifas de pessoas jurídicas conforme determinado pelo Banco Central. Os valores podem ser encontrados no site do banco e nas agências.

  • Envio de PIX: 1,4% do valor transferido (mínimo de R$ 1,65, máximo de R$ 9)
  • Recebimento de PIX: 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,90, máximo de R$ 145)

Itaú Unibanco: O Itaú aplica tarifas diferentes para transferência e recebimento de PIX por pessoas jurídicas.

  • Envio de PIX: 1,45% do valor transferido (mínimo de R$ 1,75, máximo de R$ 9,60)
  • Recebimento de PIX: 1,3% do valor recebido (máximo de R$ 150 para transações nas maquininhas ou QR code estático; para QR code dinâmico, há um mínimo de R$ 1).

Assim como no BB, os clientes PJ do Itaú têm direito a uma quantidade limitada de transferências gratuitas via PIX, variando conforme o perfil da conta.

O banco destacou que as tarifas “são aplicadas apenas às empresas e não sofreram aumento desde sua implementação no final de 2020.”

Nubank: No Nubank, as transações via PIX são gratuitas para pessoas jurídicas.

PagBank: As transferências via PIX no PagBank, do Grupo UOL, também são gratuitas para pessoas jurídicas.

Santander: O Santander cobra tarifas de pessoas jurídicas, exceto MEIs e EIs, quando realizam PIX. MEIs e EIs são sempre isentos de tarifas para enviar ou receber PIX por meio de um QR Code estático. Quando há cobrança, os valores variam de acordo com a natureza da transferência e o tipo de QR code utilizado (se aplicável).

  • Envio de PIX: 1,4% do valor transferido (mínimo de R$ 1,75, máximo de R$ 9,60)
  • Recebimento de PIX via QR code estático ou dinâmico: R$ 6,54
  • Recebimento de PIX via Checkout ou GetNet: 1,4% do valor recebido (mínimo de R$ 0,95)

É importante destacar que o Banco Central definiu um limite de 30 transações gratuitas para MEIs e EIs, após o qual tarifas podem ser aplicadas.

Lembre-se, caro leitor, de uma velha expressão americana quando usar o PIX, cartão de crédito ou cartão de débito: “Não existe essa coisa de almoço grátis“.

Moral da história: PIX é uma falácia sem igual, uma picacaretagem, que atenta contra a economia popular, além de possibilitar a apropriação do dinheiro de todos pelos bancos.

Um horror, portanto.

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