A última fala importante de Sergio Moro, segundo o ex-líder de Bolsonaro no Congresso

Durante a sabatina no Senado Federal, o ainda senador Sergio Moro (União-PR) trouxe à tona um nesta quarta-feira (21/6) importante debate ao levantar questionamentos sobre a imparcialidade do advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, declarações recentes do deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso, apontam para um futuro incerto na carreira política de Moro, que pode ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

As afirmações de Barros, divulgadas pelo jornal O Globo, corroboram informações previamente publicadas pelo Blog do Esmael nos últimos meses. O deputado, que está articulando sua própria candidatura ao Senado, assegurou a seus colegas que o mandato de Moro será cassado pela justiça eleitoral, o que abriria espaço para a convocação de novas eleições suplementares no Paraná.

Ricardo Barros não tem escondido seus planos de ocupar a cadeira deixada por Moro e tem trabalhado nos bastidores para consolidar sua candidatura. Ele afirmou ter conversado com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), sobre suas intenções e tem se esforçado para convencer o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) a desistir de disputar o pleito.

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Caso ocorra a cassação de Moro, Ricardo Barros vislumbra uma competição acirrada com outros candidatos, entre eles Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Paulo Martins (PL-PR), que ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado em 2022.

A situação política de Sergio Moro já vinha enfrentando turbulências, com o PL e o PT movendo ações solicitando sua cassação no TRE do Paraná. Essa recente declaração de Barros apenas aumenta a incerteza sobre o futuro do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, atualmente ocupante de uma cadeira no Senado.

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Durante sua última intervenção importante no Senado, Moro concentrou-se em questionar a imparcialidade de Cristiano Zanin, indicado por Lula para o STF. Essa escolha do presidente petista tem sido alvo de críticas por parte de setores políticos e jurídicos de extrema direita, que veem em Zanin um possível conflito de interesses devido à sua atuação como advogado de Lula em diversos processos judiciais.

A ironia não passa despercebida, já que Moro, envolvido em polêmicas desde sua atuação na Operação Lava Jato, parece falar sobre imparcialidade ao mesmo tempo em que enfrenta seu próprio processo de cassação. Aliás, Sergio Moro foi declarado juiz parcial pelo Supremo Tribunal Federal. Portanto, os questionamentos do ex-juiz pareceram um enforcado perguntando sobre a espessura da corda.

A situação política e jurídica do ex-juiz continua incerta, e a decisão do TRE do Paraná terá um impacto significativo no cenário político do estado e no futuro de Sergio Moro. A tendência é que ele saia cassado do tribunal eleitoral paranaense, segundo apurou o Blog do Esmael.

No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reformou uma decisão do TRE-PR ao cassar por unanimidade o ex-deputado Deltan “Pix” Dallagnol (PODE-PR). O ex-procurador da Lava Jato foi condenador por fraude a lei e ficou inelegível pelos próximos 8 anos.

Veja o que falou Moro na Sabatina:

Durante a sabatina do indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, o advogado Cristiano Zanin foi questionado pelo senador Sergio Moro sobre a atuação dele na defesa durante a Operação Lava Jato. Zanin defendeu Lula enquanto acusado pela investigação, da qual Moro atuou como juiz.

O senador Sérgio Moro sugeriu que o advogado Cristiano Zanin, indicado à vaga foi padrinho de casamento do petista e da primeira-dama Janja Lula da Silva. De acordo com o parlamentar, a informação estava disponível em um canal da internet. Zanin, no entanto, negou a acusação.

O apontamento foi feito por Moro durante sabatina do advogado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ocorre nesta quarta-feira (21/6). Enquanto fazia uma série de questionamentos sobre a ligação pessoal de Zanin com Lula, Moro insinuou a presença do sabatinado na cerimônia do chefe do Planalto.

Ao longo do tempo de fala, Moro questionou o sabatinado sobre a atuação dele na defesa durante a Operação Lava Jato. Zanin defendeu Lula enquanto acusado pela investigação, da qual Moro atuou como juiz. No entanto, as sentenças do ex-juiz foram anuladas pelo Supremo e Moro declarado um juiz parcial.

Zanin respondeu às perguntas de Moro, destacando que a sua relação com Lula não pode ser negada, mas enfatizou que irá respeitar a independência do STF caso seja aprovado. Ele também mencionou que, caso haja impedimento ou suspeição em processos relacionados à Lava Jato, não terá problema em se declarar impedido.

A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é dividida em três partes: o indicado teve 30 minutos para se apresentar; cada senador tem 10 minutos para fazer perguntas ao indicado, que tem o mesmo prazo para resposta, com direito a réplica e tréplica; por fim, o parecer é votado na comissão e segue para o plenário. Zanin precisará do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores para ter seu nome aprovado.

Assistir sabatina de Zanin ao vivo – CCJ do Senado:

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2 Replies to “A última fala importante de Sergio Moro, segundo o ex-líder de Bolsonaro no Congresso”

  1. Perguntem para o bonitão aí
    E o Cássio com K….., Ou 10%
    E o ungido por Deus ou + 10%……. Pontinhos, pontinhos, pontinhos….. Como fica

  2. Falou o que queria e ouviu o que não queria. Isso ficou evidente, mas, acho que Moro sabe que já entrou para a história como um “juiz”, se pode o chamar ou titular ele de juiz. Por ter colocado por 560 em carcere, uma pessoa que ele não conseguiu provar NADA. Somente se baseou em “delações premiadas”, que mais tarde foram todas contestadas por instâncias superiores. Fica a lição que a VERDADE um dia vem a tona.

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