Quando lemos uma notícia espetaculosa na velha mídia –e até nos blogs progressistas– sempre temos de ter em mente uma questão: a quem ela favorece?
Dito isso, a quem favorece a criminalização da política?
Inicialmente, três polos são visivelmente favorecidos com a criminalização da política: 1- o bolsonarismo, que ainda se apresenta contra o antissistema; 2- o lavajatismo, cuja militância partidária de setores do MP visa alcançar o poder; e 3- a velha mídia corporativa, que vive de cliques e fake news.
A guerra contra a advocacia, por meio de lawfare, a exemplo da campanha contra o defensor de Lula e o presidente da OAB, são exemplos nítidos desse movimento político.
Sim, as operações policialescas das forças-tarefas do Ministério Público e da Lava Jato, quase todas elas, têm o cunho político-partidário.
Mais cedo eu escrevi no meu perfil do Twitter que “Essas ações do MP, polícias, etc., durante as eleições precisam acabar. Elas [as operações] funcionam como tendências partidárias com o objetivo de modificar a vontade do eleitor. São fake news com fé pública. Pirotecnias, portanto.”
Nos Estados Unidos, país que a burguesia brasileira tem como farol, é inimaginável a interferência policial em assuntos eleitorais tal qual nestas plagas. A não ser que haja um flagrante delito em curso.
Enquanto não temos uma proibição expressa da pirotecnia em tempos eleitorais, aqui, nós ao menos podemos identificar o objetivo dessas operações midiáticas respondendo a quem elas servem, a quem interessam tais ações do MP e das polícias.
A princípio, os maiores beneficiários do momento são os governos federal e estadual de plantão que têm o monopólio da força policial e da relação com setores do judiciário.
Ganha um doce quem responder que ‘Jair Messias Bolsonaro’ foi o maior beneficiário das últimas ações policialescas. Com Globo e tudo.
O que o presidente da República chama de “esperteza” nós entendemos como abuso de poder.
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Fux toma posse nesta quinta-feira como presidente do STF
O ministro Luiz Fux tomará posse nesta quinta-feira (10) como novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra Rosa Weber será a vice.
Ontem (9), o ministro Dias Toffoli comandou a última sessão como presidente do STF. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou da cerimônia de despedida. Ele chegou de surpresa no plenário da Corte acompanhado dos ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa), José Levi (Advocacia-Geral da União) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência).
Com a posse desta quinta, Toffoli passa a integrar a Primeira Turma do STF, da qual Fux se despediu na última terça (8). O colegiado é formado pelos ministros Rosa Weber, Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Fux chegou ao STF em 2011 através de uma indicação da então presidente Dilma Rousseff (PT). O magistrado carioca começou a carreira como juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). De 1997 a 2001 foi desembargador no TJ-RJ e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de 2001 a 2011, indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.