A pior parte da viagem de Bolsonaro ainda vai acontecer nas próximas horas; ele segue hoje para a Hungria

  • Bolsonaro vai à Hungria, no Leste Europeu, encontrar-se com o extremista Viktor Orbán

A visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, em meio à tensões com a Ucrânia, foi a parte mais “doce” e “amigável” da viagem do mandatário brasileiro.

Foi com sua presença em Moscou, no Kremlin, que os internautas produziram mais memes nas redes sociais – e isso divertiu bastante, além de desinformar.

Bolsonaro compra como verdade que sua presença na Rússia teve o condão de parar a terceira guerra mundial, que ele é mais importante que o francês Emmanuel Macron e o alemão Olaf Scholz. Em relação ao britânico Boris Johnson, então, o inquilino do Palácio do Planalto acredita que está à frente como um míssil em importância.

O presidente brasileiro também acreditou na ironia do jornal russo Pravda [“Verdade”, em português] de que o conflito Rússia versus Ucrânia foi suspenso porque ele [Bolsonaro] estava no país do Strogonoff.

Pois bem, se na Rússia Bolsonaro reafirmou a dependência de Putin na área de fertilizantes, há coisa pior ainda para acontecer nas próximas horas.

Nesta quinta-feira (17/02) o presidente brasileiro ruma ao Leste Europeu, mais precisamente para a Hungria, onde se encontrará com o primeiro-ministro extremista Viktor Orbán. Ele está no poder há 10 anos e quer permanecer mais tempo, porém terá de passar pelo crivo do voto em 3 de abril.

Economia

O mandatário brasileiro não tem dado sorte para os líderes internacionais que ele apoiou nos últimos três anos. Todos foram derrotados no voto popular.

Orbán e Bolsonaro tentam atrair para suas respectivas campanhas de reeleição o ex-presidente Donald Trump, que resiste associar sua imagem aos dois negacionitas e fundamentalistas.

Bolsonaro e o líder ultradireitista húngaro ainda buscam realizar uma “Internacional” da extrema direita entre 25 a 26 de março, em Budapeste, batizada de Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC).

Na agenda do presidente brasileiro, além de encontro com Orbán, reunião com o presidente da Hungria, János Áder; e com o presidente da Assembleia Nacional, László Köver.