A PGR forçou a “amizade” na nova delação contra Lula

A Procuradoria-Geral da República (PGR) com o alarde característico das fake news (notícias falsas) e shows pirotécnicos (tipo foguetório de festa de igreja) forçou a “amizade” (a barra) nesta segunda-feira (30) com a nova delação chancelada como “denúncia” contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visando mantê-lo ilegalmente preso na Polícia Federal de Curitiba.

O barulho da PGR e da Globo na fake news ocorre nas vésperas de o ex-presidente Lula ser solto pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), cuja hipótese é admitida até pelo panfleto IstoÉ. A publicação até estipulou 10 de maio a data para o petista deixar a prisão, por isso a gincana de mentiras contra Lula e o PT tende a aumentar nos próximos dias.

Embora o hercúleo esforço editorial da Globo, a PGR forçou a barra porque faltou “ânimo” nas delações de Emílio e Marcelo Odebrecht — este último “entregou” Lula após 3 anos de “tortura” em prisão e o primeiro, pai dele, fez a escolha de ferrar o ex-presidente para libertar o próprio filho. Também não deixa de ser uma espécie de tortura emocional sofrida pelo velho Odebrecht.

A Globo é capaz de barganhar com a PGR o cacete em Lula e no PT ao passo que alivia para Michel Temer e tucanos. Aliás, este tem sido o roteiro desta perseguição política que seletivamente escolheu os “inimigos de Estado” a serem combatidos.

Tal delação dificilmente será admitida como denúncia pelo STF pela precariedade na narrativa dos procuradores da PGR.

“Mais uma denúncia baseada em delações, sem provas, envolvendo fatos sem relacionamento. Lamento a irresponsabilidade da PGR em agir com esse denuncismo. Além de falsas, as acusações são incongruentes, pois tentam ligar decisões de 2010 a uma campanha minha de 2014”, declarou a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.

Economia

Para o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), os procuradores deveriam estar na cadeia por mais essa denúncia fajuta contra Lula e a senadora Gleisi. Ele denunciou a “venda de delação” na lava jato envolvendo escritórios de advocacia.

Assista ao vídeo de Paulo Pimenta:

Sobre a denúncia da PGR

A partidarizada Procuradoria-Geral da República ofereceu nesta segunda-feira (30) novas denúncias contra o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antônio Palocci, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da parlamentar.

De acordo com a PGR, além dos depoimentos de delação, foram colhidos nas investigações documentos, como planilhas e mensagens, fruto da quebra de sigilo telefônico.

Em contrapartida pela doação, a procuradoria afirma que a Odebrecht foi beneficiada com aumento da linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com Angola, país africano onde a empreiteira tinha negócios.