A Folha repudia Bolsonaro, mas mantém intacto apoio a seu nefasto projeto econômico

A Folha divulgou nota de repúdio contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por seu insulto à repórter Patrícia Campos Mello. Nesse quesito, o Blog do Esmael se solidariza com a premiada profissional de imprensa. No entanto, discorda da leniência da empresa de comunicação com o ocupante do Palácio do Planalto.

O jornalão paulistano não defende suas repórteres como deveria porque parece querer fazer omeletes sem quebrar os ovos.

Eu explico.

A Folha de S. Paulo está alinhada com o governo e suas patifarias para retirar direitos dos trabalhadores, maximizar lucros de alguns grupos econômicos, e perpetuar esse modelo de exclusão na sociedade brasileira. (Por isso ela é contra Bolsonaro, pero no mucho).

LEIA TAMBÉM
Em nota, Folha diz que Bolsonaro quebrou o decoro da Presidência ao insultar Patrícia Campos Mello

Bolsonaro insulta repórter da Folha com insinuação sexual: “Ela queria dar o furo a qualquer preço”

Economia

OAB manifesta apoio à jornalista Patrícia Campos Mello

A despeito de Jair Bolsonaro e seus ministros serem desqualificados, a maioria deles, inclusive Paulo Guedes, a Folha, Estadão, Globo, Veja, et caterva, não balançam muito o “mito” porque sabem que ele cai. O presidente tem pés de barro.

Há elementos mais do que suficientes para a queda de Bolsonaro, mas os barões da mídia querem que ele continue “divertindo” o distinto público enquanto eles governam de fato por meio de títeres, do capital financeiro e dos grandes lobbies.

A velha mídia não tolera Bolsonaro e seus ministros porque eles não têm modos. Arrotam à mesa e coçam o saco. Quanto ao projeto neoliberal, porém, todos eles estão afinadíssimos –mancomunados.

O Blog do Esmael se solidariza com Patrícia Campos Mello, mas, caríssima, não espere muito mais da Folha que uma burocrática nota de repúdio. Seus compromissos com a burguesia paulistana a impedem de gritar nas suas página “Fora, Bolsonaro!”

O que é mais importante, a defesa da repórter ou a reforma administrativa contra servidores públicos? Eis a questão.