As investigações acerca do uso de caixa 2 pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) continuam na 1!ª Zona Eleitoral de Curitiba. Ontem à tarde, o juiz Telmo Zaion Zainko tomou depoimento do presidente municipal do PSDB, Fernando Ghiogne, ex-coordenador financeiro da campanha reeleitoral de Beto Richa (PSDB) à prefeitura de Curitiba em 2008, e do ex-vereador Mestre Dea.
O ex-vereador e ex-secretário Manasses de Oliveira foi convocado, mas não apareceu alegando estar doente. A mesma justificativa deu Alexandre Gardolinsk, um dos coordenadores do Comitê Lealdade — objeto da investigação.
O principal pivô nas denúncias de caixa 2, Rodrigo Oriente, também não compareceu ao juízo eleitoral para testemunhar. O rapaz teria registradp um boletim de ocorrência na 9!ª DP, onde diz que sofreu ameaças de morte e agressão por motoqueiros.
Sobre o Comitê Lealdade
Em 2008, quando Richa disputou a reeleição à Prefeitura de Curitiba, o PRTB decidiu apoiar Fabio Camargo (PTB). De uma hora para outra, 23 candidatos a vereador do partido desistiram da candidatura, anunciaram uma inusitada dissidência e organizaram a fundação de um comitê em apoio a Richa.
Soube-se, meses depois, que a adesão foi paga com “Caixa 2” (dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral) e cargos na gestão municipal. O chefe do esquema era Alexandre Gardolinski, que foi pessoalmente indicado por Richa e se responsabilizou pelos pagamentos !” em espécie. O Comitê Lealdade parecia funcionar como fachada.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.