Deputado diz que OS excluiu milhares do SUS em São Paulo

Carlos Zarattini (PT-SP).
O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), membro da comissão anticorrupção da Câmara, falou nesta tarde com o blog acerca da atuação das OS (Organizações Sociais) na saúde do estado de São Paulo. Ele participou nesta quinta (1), em Curitiba, de um seminário sobre a lei que prevê mais rigor aos corruptores no país.

Segundo o parlamentar, o sistema paulista está empurrando os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) para os planos privados.

As OS são, na prática, a privatização da saúde porque o atendimento fica mais restrito e excluiu milhares do SUS!, disse.

Zarattini explica que as Organizações Sociais existem no estado de São Paulo desde 1998, na gestão Mário Covas (PSDB), e elas são utilizadas para o poder público fugir das licitações.

Várias OS foram criadas a partir de hospitais, como o Alberto Einstein, Santa Madalena e da Faculdade de Medicina da USP. Essas entidades têm poder de demitir, admitir, comprar, enfim, tudo sem licitação!, explicou.

O deputado petista contou ainda que as OS possuem contratos de atendimentos, por exemplo, de 10 operações de rins, 20 de fígado, etc., e não atendem o que excede. A isso nós chamamos de “Sistema Porta Fechada”!, afirmou. E o que passar disso? Simples, não é atendido.

Economia

Também houve uma tentativa de implantar o “Sistema Dupla Entrada”, que significa que 25% das internações seriam destinadas aos convênios privados e 75% ao SUS. Felizmente, o Ministério Público barrou essa lei. Esse sistema já existe no INCOR (Instituto do Coração)!, relatou Zarattini.

O deputado concluiu dizendo que, na cidade de São Paulo, 60% das pessoas recorreram ao plano de saúde por causa da precarização no atendimento das OS.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *