O charlatanismo do tratamento precoce parece que se recolheu com a CPI da Covid no Senado. Nas vésperas da Mayra Pinheiro, a Capitão Cloroquina, depor na comissão de inquérito, o Ministério da Saúde se posicionou pela 1ª vez contra uso de cloroquina e ivermectina por meio de um grupo técnico.
Na quinta-feira (20/5), a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, a médica Mayra Pinheiro, a Capitão Cloroquina, irá depor na CPI da Covid. Ela vai depor após os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), na terça, e Eduardo Pazuello (Saúde), na quarta.
O estudo que desaprova o uso de medicamentos com ineficácia comprovada contra Covid-19, como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, em ambientes hospitalares já recebeu a chancela da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) –órgão ligado ao Ministério da Saúde.
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É nesse ambiente que a Capitão Cloroquina vai depor esta semana, bem como os ex-ministros do governo Jair Bolsonaro que estão no olho do furacão da cloroquina e do tratamento precoce. Ela é tida como principal disseminadora do “kit covid” e do tratamento precoce à doenças.
Mayra Pinheiro, a Capitã Cloroquina, ingressou com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter direito de ficar em silêncio durante a comissão, a exemplo do ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello. No entanto, ela disse que irá falar na CPI da Covid.
A Capitão Cloroquina assegura que o habeas corpus é para lhe garantir o direito de não se autoincriminar e para ser com urbanidade pelos senadores, que, no primeiros depoimentos, escrachavam os interrogados.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.