R$ 5.518,79 deveria ser o salário mínimo em outubro, diz o Dieese

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) afirma que o salário mínimo nacional de outubro deveria ser de R$ 5.518,79, valor 5,35 vezes maior que o piso nacional atual (R$ 1.100). Uma indecente discrepância, aponta o órgão de pesquisa, pois esse valor não atende às necessidades básicas de uma família brasileira.

O levantamento se deu com base nos resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos e levou em consideração o salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças.

Segundo o Dieese, a cesta básica mais cara entre as 17 capitais pesquisadas foi a de Florianópolis: R$ 700,69 enquanto a cesta de menor preço foi a de Aracaju, de R$ 464,17.

Em outubro, quem ganha um salário mínimo consumiu quase 60% da renda líquida para comprar os 13 produtos da cesta, que são:

  • carne;
  • leite;
  • feijão;
  • arroz;
  • farinha;
  • batata;
  • legumes (tomate);
  • pão francês;
  • café em pó;
  • frutas (banana);
  • açúcar;
  • banha/óleo; e
  • manteiga.

Segundo os dados divulgados pelo Dieese nesta sexta-feira (05/11), em outubro o custo médio da cesta básica aumentou em 16 capitais – a exceção foi Recife (-0,85%). As maiores altas foram registradas em:

  • Vitória (6%);
  • Florianópolis (5,71%);
  • Rio de Janeiro (4,79%);
  • Curitiba (4,75%); e
  • Brasília (4,28%).

No ano, o aumento vai de 1,78% (Salvador) a 18,42% (Curitiba). Já no acumulado em 12 meses, o preço médio da cesta básica sobe até 31,65% (Brasília). Três capitais têm acima dos 20%: Campo Grande (25,62%), Curitiba (22,79%) e Vitória (21,37%). Em São Paulo, a cesta aumentou 3,02% em outubro, 9,87% no ano e 16,43% em 12 meses.

Economia

Horas trabalhadas para comprar a cesta

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta aumentou para 118 horas e 45 minutos. Três horas e 43 minutos a mais do que no mês anterior. Quem ganha o salário mínimo gastou o equivalente a 58,35% de sua renda líquida para comprar os alimentos básicos – em setembro o percentual ficou em 56,53%.

O que subiu mais, segundo o Dieese

A batata subiu de preço nas 10 capitais dos estados do Centro-Sul, onde a pesquisa é feita. O aumento variou de 15,51% (Brasília) a 33,78% (Florianópolis).

O quilo do café subiu em 16 capitais. A alta chegou a 10,14% em Vitória e a 10,06% no Rio de Janeiro.

O quilo do tomate subiu em 16 capitais, chegando a 40,16% em Brasília, 42,16% em Natal, 44,83% em João Pessoa e a 55,54% em Vitória.

O preço do açúcar aumentou em 15 capitais e o do óleo de soja, em 13, enquanto leite e manteiga subiram em 11 cidades. Já o preço do feijão diminuiu também em 11 capitais.

Com informações da CUT

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