Nem ‘Viagra’ levanta a economia de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro

Em março passado, uma suposta compra de R$ 120 mil em Viagra pelo governo federal agitou as redes sociais. O boato era de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria sido o ordenador da despesa. No entanto, a velha mídia corporativa saiu em defesa de sua “galinha dos ovos de ouro” dizendo que era “fake news” a aquisição do medicamento indicado para o tratamento de disfunção erétil.

Pelo sim pelo não, nem ‘Viagra’ levantou a economia de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro nesse período. Até a revista conservadora britânica The Economist diz que ‘Jair Bolsonaro é ruim para a economia do Brasil’ ao diagnosticar corretamente o quadro: inflação, juros altos e estagnação da economia. O Blog do Esmael, mais sintonizado aos interesses da sociedade, ainda aponta o desemprego e a fome.

De acordo com levantamento do IBGE, o setor de serviços caiu 0,6% em setembro após 5 altas seguidas e as vendas do comércio caíram pelo 2º mês seguido, na comparação entre os meses de agosto e setembro, e o setor fechou 3º trimestre no vermelho.

Note que a broxada de Guedes e Bolsonaro é única e de dimensão global. Eles broxaram juntos.

Segundo a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, a taxa de desemprego na zona do euro caiu para 7,4% em setembro, de 7,5% em agosto, em meio à forte recuperação econômica na região.

Na contramão da recuperação na Europa e nos EUA, com recuo de 4,6% em outubro, a economia do Brasil colapsou e os trabalhadores são os primeiros a pagar a conta dessa crise neoliberal.

Economia

O desemprego no Brasil caiu para 13,2%, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no trimestre terminado em agosto. No término do mesmo trimestre em 2020, a falta de ocupação atingia 14,4% dos brasileiros.

Ocorre que o número de desocupados no Brasil é maior quando se leva em consideração os desalentados, pejotizados, informalizados, desempregados, etc. A População Economicamente Ativa (PEA) é de 105 milhões, esse contingente gira em torno de 30% da PEA. Ou seja, o número de desocupados chega no mínimo a 30 milhões de pessoas.

Há estudos que indicam cerca de 80 milhões de brasileiros que necessitam de ajuda para poder comer e existir. Os auxílios emergenciais na pandemia chegaram a 77 milhões de pessoas. Esses dados são oficiais, do Ministério da Cidadania.

No entanto, existe saída no fundo do túnel: mude o governo.

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