Pré-candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião, levantou a militância de nove partidos de 14 municípios na região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, onde sua caravana pela volta ao Palácio Iguaçu [sede do governo estadual] passou na manhã de sábado (23/10). Ele previu a vitória de Lula em 2022 e pregou a reestatização e controle de empresas públicas.
Participaram lideranças regionais dos seguintes partidos:
- PT
- PSOL
- PSC
- PCdoB
- PDT
- PSC
- PSB
- MDB
- PODEMOS
Requião disse que fica indignado quando vê pessoas comendo sopa de osso e assando pé de galinha fim de semana. “Como é que alguém passa fome enquanto o país é maior produtor de alimentos do mundo?”, questionou. “Por que ninguém se levanta quando vê mulheres famintas assaltado caminho de lixo em busca de resto de comida dos mais ricos?”
Pré-candidato ao governo do Paraná disse que pode dar um jeito no estado e ajudar a mudar o Brasil.
Ele falou a representantes desses municípios, que embarcaram na “Caravana Requião” em PG:
- Ponta Grossa
- Castro
- Ivaí
- Carambeí
- São João do Triunfo
- Palmeira
- Campo Largo
- Reserva
- Tibagi
- Irati
- Arapoti
- Curitiba
- Telêmaco Borba
- Imbaú
Requião disse que as empresas públicas foram previstas na Constituição para oferecer serviços a preços módicos e estimular o desenvolvimento econômico. No entanto, denunciou, as estatais estão sendo usadas para fazer dinheiro para sócios privados às custas dos consumidores.
Segundo Requião, ao congelar as tarifas de água e luz por oito anos –em seu governo—estabeleceu um círculo virtuoso cujo dinheiro foi parar na padaria, no mercado, na construção civil.
“[Ratinho] faz um pequeno governo com grande negociata. Está cobrando absurdos nas contas de energia, sem um investimento significante na Copel, mas está pagando R$ 1,5 bilhão para acionistas privados”, disse. “O acionista dessas companhias públicas deve ser o povo, não o mercado.”
Ao fazer um balanço sobre os avanços obtidos pela educação em seus três governos, Roberto Requião disse que os professores são adversários de uma “quadrilha privatizante” que quer liquidar com o ensino público.
O pré-candidato ao governo do Paraná ironizou seus adversários que o criticam pela idade. “Eu tenho 80 anos, mas corpinho de 44 anos.” Segundo ele, após um check-up médico, afirmou que tem mais 40 anos de vida pública útil –depois se aposenta. “Afinal, os cabelos brancos têm uma finalidade: experiência como prefeito de Curitiba, governador três vezes e duas vezes senador.”
“Lula é virtualmente o presidente da República, pelas pesquisas que leio. Vamos dar comida três vezes ao dia, mas eu quero a devolução da Petrobras, da Eletrobras, e companhias de água para o Brasil. Isso tem que ficar claro”, discursou, defendendo a reestatização de empresas públicas.
Segundo Requião, o presidente Jair Bolsonaro tem a “miséria” de 22% das intenções de voto no Paraná. “É uma miséria para quem teve 74% na eleição de 2018”, disse, sob os olhares atentes da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e do presidente estadual do PT no Paraná, deputado estadual Arilson Chiorato.
Assista ao vídeo da Caravana Requião em Ponta Grossa:
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.