Requião no PSOL? Esse foi o convite de Guilherme Boulos na visita em Curitiba [vídeo]

Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), em Curitiba, convidou neste domingo (03/10) Roberto Requião para se filiar no PSOL e disputar o governo do Paraná nas eleições de 2022.

Boulos cumpre agenda na capital paranaense e na região metropolitana. Ele e Requião foram na manhã de hoje inaugurar uma cozinha solidária do MTST no bairro Tatuquara, região Sul, e o líder do MTST ainda visitou um acampamento urbano no município de Campo Magro, a 16 km de Curitiba.

Requião confirmou que concorrerá ao governo do Paraná, em 2022, porém disse que ainda não definiu por qual partido. PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL convidaram o ex-governador para se filiar. Ele pretendem bater o martelo na questão partidária mês que vem.

Durante o encontro, Requião e Boulos fizeram um comunicado conjunto [vídeo]

“Nós precisamos de um programa mínimo para unir a oposição no Brasil. Soberania, restabelecimento dos trabalhadores, desenvolvimento sustentável e abertura da mídia para discutir se futuro e o projeto nacional e civilizatório”, afirmou Requião.

Segundo Requião, as manifestações de ontem (02/10) foram mais significativas que as anteriores, mas o Bolsonaro está sendo derrotado quando o cidadão enche o tanque, vai ao mercado compra menos e tem dificuldade de pagar a conta, quando paga água e luz. Esse projeto neoliberal que contamina o país de cima a baixo.

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Boulos, por sua vez, declarou que “Requião é referência histórica na luta pela soberania. Nós precisamos de união para derrotar Bolsonaro e o projeto neoliberal”, disse Boulos, lembrando que essa política bolsonarista está levando o povo à fila do osso e o botijão de gás custe R$ 120.”

Boulos convida Requião para entrar no PSOL [vídeo]

Boulos manda recado para leitores do Blog do Esmael [vídeo]

Guilherme Boulos, líder do MTST, falou com exclusividade aos leitores do Blog do do Esmael.

Boulos veio a capital paranaense inaugurar a 21ª Cozinha Solidária do MTST no bairro Tatuquara, região Sul da capital.

Além dessa agenda, Guilherme Boulos ainda se reuniu com seus camaradas do PSOL e visitou o maior acampamento urbano do MST no município de Campo Margo, Região Metropolitana de Curitiba.

Os leitores do Blog do Esmael sempre têm informações de primeira mão, contra os picaretas neoliberais.

Assista ao vídeo

Sobre as cozinhas solidárias do MTST

Segundo Guilherme Boulos, as cozinhas solidárias suprem a desídia do governo Jair Bolsonaro que nada faz para aplacar a fome de 19 milhões de pessoas que passam fome no País.

A unidade do Tatuaquara tem o objetivo de servir, ao menos, uma refeição diária gratuitamente para a comunidade, incluindo dias de semana e finais de semana.

O MTST inaugurou 21 cozinhas solidárias em 10 estados em meio à pandemia e a forte crise econômica, que desemprega milhões de brasileiros.

As cozinhas comunitárias sempre foram uma marca do MTST, que busca assegurar, junto à luta por moradia digna, políticas que combatam a insegurança alimentar que tanto afeta os trabalhadores do Brasil. Em todas as ocupações realizadas pelo movimento, a instalação de cozinhas é uma das primeiras iniciativas em terreno, responsáveis pela alimentação de centenas de famílias diariamente, além de se tornarem importante local de sociabilização e tomada de decisões coletivas. Agora, é estender o sucesso da experiência das cozinhas das ocupações para as periferias de todo o país e assim, alimentar de esperança e resistência milhares de trabalhadores e trabalhadoras.

A iniciativa se fortalece em um momento crucial do enfrentamento à fome e da pandemia de Covid-19 no Brasil. Já são três meses desde que o governo federal suspendeu o auxílio emergencial, que impactou cerca de 68 milhões de brasileiros e levou cerca de 15 milhões destes de volta à pobreza – nos últimos dias, a volta da ajuda financeira tem sido debatida no Congresso, embora seu novo valor, ainda em discussão, se mostre insuficiente para assegurar a sobrevivência digna de uma família brasileira.

Segundo o Estudo da Segurança Alimentar e da Fome no Mundo, divulgado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2,5% da população do país encontra-se desnutrida, o que representa, aproximadamente, 5 milhões de pessoas. Destaca-se ainda que em 2010 eram 4,9 milhões de brasileiros enfrentando a escassez de alimentos e, hoje, somam 5,2 milhões. Apesar de assustadores, esses dados são anteriores à pandemia de Covid-19. Faltam dados atualizados, mas já se pode afirmar que a fome voltou ao centro das discussões, e não poderia ser diferente.

O MTST também tem mobilizado militantes e apoiadores por meio da segunda fase da campanha do Fundo de Solidariedade Sem Teto, que em 2020 distribuiu cerca de 156 mil refeições, 220 toneladas de alimentos em cestas básicas, 110 mil máscaras, 15 mil kits de higiene e 220 kits de gestantes para aproximadamente 20 mil famílias. Em 2021, o fundo, possibilitado graças às doações financeiras para uma vaquinha através do “Apoia- Se”, deve crescer e atender cerca de 30 mil famílias.