Morreu na noite deste domingo (10/10) o jornalista Cicero do Amaral Cattani, aos 81 anos, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Ele teve o agravamento de algumas doenças crônicas que o levaram a morte.
Ele deixa o amor de toda uma vida, a também jornalista Carmen, com quem esteve casado e apaixonado por 52 anos.
Ficam os filhos Cicero Eduardo; pai das netas Anna Helena, Anna Heloísa e Anna Beatriz; e a bisneta Helena, de seis anos. A também jornalista Carolina e a neta mais velha, Bruna.
E Bianca, a filha caçula e mãe do Valentim, de um ano e nove meses, que morou junto e curtiu muito o avô até o final.
Cicero era natural de Santiago (RS) e com os pais Vitório e Erci foi para São Paulo e depois para o Paraná, onde fixou residência em Curitiba. Com a morte precoce do pai, precisou sustentar a mãe e os cinco irmãos. Ele dizia – e os filhos sempre duvidaram – que até em circo trabalhou.
Ele começou a carreira de jornalista em Curitiba, edição paranaense da Última Hora, de Samuel Wainer. Desde então, começou a viver e respirar política, tendo oportunidade inclusive de adiantar pessoalmente ao presidente Jânio Quadros a conspiração que levou à sua renúncia.
Depois passou pelas redações do Agora, O Estado do Paraná, Diário do Paraná, rede CNT e coordenou a assessoria de comunicação de diversos órgãos públicos, como os Portos do Paraná.
Como muitos jornalistas da sua época, foi preso político e banido das redações. A causa das prisões sempre deu orgulho a ele: ser “subversivo”, contra o regime militar e favor da liberdade de expressão.
Ele trabalhou no Correio de Notícias e terminou dono do lendário jornal, que abrigou os maiores nomes do jornalismo paranaense e nacional.
Com a venda da empresa, fundou o Hora H, tabloide com capas trabalhadas e manchetes marcantes. O jornal também tinha uma versão on line, pioneira na época.
Vivendo a notícia e a política 24 horas por dia, participou de inúmeras campanhas eleitorais e teve relações amistosas – e às vezes hostis – com todos os últimos governantes do Paraná.
Nos últimos anos, manteve um blog que lhe rendeu muitos acessos e também ações judiciais. Era fã do Twitter e esteve nas redes sociais e ligado na GloboNews até seu último momento.
Neste link ele conta sua história e os momentos que viveu sob a ditadura militar: https://youtu.be/COwuq636M78
As informações são do site Contraponto
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.