Instagram e Facebook estão envelhecendo e correm perigo de desaparecer em breve

Lembra do Orkut? Ela foi uma rede social filiada ao Google, criada em 24 de janeiro de 2004 e desativada em 30 de setembro de 2014. Isto vale dizer que as redes sociais também nascem, crescem, envelhecem e morrem.

Pois bem, o The New York Times afirma que teve acesso a documentos internos do Instagram sobre seu fracasso entre os adolescentes –apesar de investimentos na ordem de US$ 390 milhões em propaganda para atrair a garotada com idade entre 13 e 15 anos.

Segundo o maior jornal do mundo, o Facebook –proprietária da plataforma de fotos- esperava que o Instagram atraísse mais jovens para todos os seus aplicativos, reabastecendo a base de usuários do Facebook, que está envelhecendo, de acordo com os documentos.

O Instragram já fora festejada por Mark Zuckerberg como a “joia da coroa” em público, em privado teme ser engolido pela concorrência.

Some-se à falha na estratégia para capturar a alma dos mais jovens, aos problemas do Facebook com a privacidade, o Congresso americano e alguns país ao redor do mundo ainda questionam os efeitos do Instagram na saúde mental dos usuários.

O Instagram, que o Facebook comprou em 2012, tem menos de 12 anos. Ele tem muito prestígio com adolescentes, mas rivais como TikTok, o aplicativo de vídeo de propriedade chinesa, e Snapchat, o aplicativo de mensagens efêmero, continuam beliscando seus calcanhares.

Economia

O Instagram, com mais de 1,3 bilhão de usuários, continua sendo a maior dessas plataformas, com o TikTok com um bilhão de usuários e o Snapchat com 500 milhões, segundo dados das empresas. Mas em uma pesquisa realizada este ano pela empresa de serviços financeiros Piper Sandler, 35% dos adolescentes disseram que o Snapchat era sua plataforma de mídia social favorita, com 30% dizendo TikTok. O Instagram ficou em terceiro com 22 por cento.

O Facebook, que inicialmente era voltado para estudantes universitários, há muito depende do público jovem. Pela lei americana, seus usuários devem ter 13 anos ou mais. A Lei de Proteção à Privacidade da Criança na Internet de 1998, replicada em várias partes do planeta, torna ilegal armazenar ou coletar informações pessoais de menores de 13 anos. No Brasil, desde agosto de 2020, está em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

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