Dia do Professor: nunca o magistério foi tão aviltado na história deste País

No ano do centenário de Paulo Freire, nunca o magistério foi tão aviltado por governos municipais, estaduais e federais –embora haja raras exceções. Em regra, o quadro é de ameaça à função social e humana das escolas públicas, dos professores e dos funcionários.

Na pandemia, antes ainda da vacinação, os mestres foram empurrados às atividades presenciais e muitos padeceram, morreram, infectados pela covid. Outros sobreviventes, com contratos precários, foram demitidos pelo poder público sem dó nem piedade.

Governos utilizaram um momento especial –a pandemia– para vilipendiar as funções sociais, políticas e pedagógicas da escola pública com a militarização e instituição do homescholling –a educação domiciliar em detrimento do presencial e à existência física da escola.

Em perspectiva, governos trabalham pelo fechamento de escolas e transformação dos alunos em milícias. Exemplo disso foi a redução das disciplinas de humanas –Filosofia, Sociologia e Artes– na educação básica.

No Paraná, estado-laboratório de políticas educacionais neoliberais, o magistério nunca foi tão aviltado na história deste País.

O governador Ratinho Junior (PSD) retirou direitos, indicou para o cargo de secretário da Educação um empresário que financiou o ódio e apoia o genocida Jair Bolsonaro. Há suspeita de irregularidades na compra de uniformes; educadores terceirizados estão com salários atrasados; reposição de perdas salariais ainda continua distante; sem regulamentação da licença capacitação; dentre outras demandas.

Economia

Os professores seguem desrespeitos Brasil afora, infelizmente. São 2,5 milhões de profissionais na educação básica.

A valorização do magistério no Brasil só será possível com a constante capacitação e salários dignos que a carreira merece.

Apesar deles, governos, parabéns a todos os professores por seu dia.

Feliz Dia do Professor!

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