O presidente Jair Bolsonaro, pés largos, quer superar a crise da indicação de André Mendonça –“terrivelmente evangélico”– para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do governo no Senado, Fernado Bezerra (MDB-PE), encaminhou ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um expediente pedindo para que a sabatina seja realizada o quanto antes.
Nesta semana, o pastor Silas Malafaia cobrou a realização da sabatina com Mendonça no Senado. Segundo o líder religioso, a votação não ocorre porque o Centrão estaria sabotando. Nominou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), como responsável pela paralisia.
André Mendonça foi indicado há três meses, mas a CCJ do Senado ainda não marcou a sessão.
No Congresso, a avaliação é de que o nome “terrivelmente evangélico” hoje não passaria na sabatina.
Bolsonaro com um pé nos evangélicos e outro no Centrão, avalia mandar André Mendonça para o cadafalso e superar a crise.
A tese é que Mendonça é um lavajatista enrustido. Mensagens revelaram proximidade entre o ex-AGU e “lava jato”.
O nome de Augusto Aras, procurador-geral da República, voltou à pauta. Ele já entrou no aquecimento a pedido de setores governistas, é claro.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.