Após ‘coach’ com Véio da Havan, Bolsonaro vai depor presencialmente à Polícia Federal

O presidente Jair Bolsonaro ficou impressionado com a performance do empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, na CPI da Covid no último dia 29 de setembro. Diante disso, o inquilino do Palácio do Planalto pediu algumas dicas [coach] para o dono das Lojas Havan.

Hang, na comissão de investigação, não pediu habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) e foi de peito aberto depor para os senadores. Não se saiu mal, segundo avaliação dos próprios membros da CPI.

Após ouvir a opinião do Véio da Havan, o presidente Bolsonaro informou ao STF nesta quarta (06/10) que irá depor presencialmente no inquérito que apura suposta interferência política na Polícia Federal (PF). O mandatário poderia optar pelo depoimento por escrito nesse caso, mas preferiu o cara a cara.

Esse inquérito da PF é “café requentado” que remonta à treta na saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, no final de abril de 2020.

Moro caiu atirando em Jair Bolsonaro, acusando o presidente de tentar interferir politicamente na autonomia da Polícia Federal [sic], solicitando relatórios de inteligência e pedindo trocas no comando da corporação.

A princípio, é o presidente da República, eleito, quem escolhe o diretor-geral da PF e demais cargos no governo, a exemplo da Petrobras, Itaipu, BNDES, etc.

Economia

A tempestade que a velha mídia corporativa faz nesse “tema frio” tem o objetivo de reanimar a natimorta candidatura de terceira via do ex-juiz Sergio Moro. A pipa do ex-titular Lava Jato e do Ministério da Justiça não sobe nas pesquisas de intenção de voto.

O relator do inquérito sobre a PF é o ministro Alexandre de Moraes, que, recentemente, foi reaproximando do presidente Bolsonaro graças à ação do antecessor Michel Temer (MDB). Coube ao velho emedebista escrever a cartinha assinada por Bolsonaro pedindo perdão aos ministros do Supremo e deixando na chuva os bolsominions naquele fatídico 7 de setembro.

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