Roteiro para o anunciado golpe de 2022; confira como ele surge e se desenvolve na política do Brasil

Está em curso um novo golpe em 2022, sofisticado, com Supremo e tudo.

O presidente Jair Bolsonaro, tosco, tentou seu próprio golpe mas foi impedido pelo establishment. Uma ditadura seria abominável para a Faria Lima, a burguesia paulistana, a velha mídia corporativa e os interesses de especuladores. Por isso o atual mandatário foi cuspido fora.

O roteiro do golpe de 2022 tem o mesmo padrão de repetição com a vaga promessa de combate à corrupção. Funciona como se fosse um algoritmo escrito em linguagem Phyton:

  • Em 2016, o distinto público era açulado a agredir pessoalmente Dilma Rousseff, desumanizada, foi deposta por um golpe de Estado. A campanha era “Fora Dilma”. Em seu lugar ascendeu Michel Temer, o Vampirão Neoliberalista, ressuscitado na semana passada;
  • Em 2017, acelerou-se a retirada de direitos dos trabalhadores e congelou-se investimentos na saúde e na educação pelos próximos 20 anos. A discussão principal também foi “Fora Temer”, que ficou até o final.
  • Na onda da “mudança”, Jair Bolsonaro foi eleito em 2018 após sofrer atentado com uma inexplicada facada. Presidente, ele continuou os ataques à Constituição e às conquistas da sociedade. Maximizou lucros de bancos, privatizou e massacrou os trabalhadores.
  • Em 2019, a campanha “Fora Bolsonaro” ganha as ruas com os incêndios na Amazônia e a popularidade do presidente derreteu na pandemia em virtude de seu negacionismo. É acusado de genocida.

Note o distinto leitor que, por padrão, a discussão oca pelo “Fora Fulano de Tal” desvia do debate principal: desemprego, juros altos, carestia, gasolina e gás de cozinha com preços pornográficos, volta da fome e da miséria, alimentos da cesta básica dispararam, volta da inflação, salários sem aumentos reais, privatizações, aumento da corrupção, Banco Central Independente, dentre outras vigarices.

Portanto, em 2022, enquanto estaremos gritando “Fora Bolsonaro” concomitantemente a porta ficará escancarada para a “terceira via” continuar o bolsonarismo [na economia] sem Bolsonaro. A ilusão faz parte dessa robotização política no País.

A “mudança” proposta pela terceira via, isto é, pelos bancos e velha mídia, é do tipo “leopardiana”, de Tomasi di Lampedusa, segundo qual “algo deve mudar para que tudo continue como está”.

Economia

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