Podemos e CUT descartam participar da campanha pelo impeachment de Jair Bolsonaro

O Podemos, partido de Alvaro Dias, e a Central Única dos Trabalhadores, cada qual com seus motivos, desafinaram na campanha suprapartidária pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, 08 de setembro, 12 partidos e movimentos sociais se reunira para discutir a intensificação de atos pelo impeachment após o presidente da República atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) nas manifestações de 7 de Setembro.

As legendas e as organizações populares planejam uma megamanifestação no dia 12 de setembro para derrubar Jair Bolsonaro.

O presidente Bolsonaro estuda divulgar uma nota de agradecimento à CUT e ao Podemos nas próximas horas.

O Podemos assim justificou sua ausência no movimento pela queda de Bolsonaro:

“O Podemos descarta aderir ao movimento de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, por entender que a abertura de uma nova crise política, em meio à pandemia do coronavírus, desemprego e crise econômica, só agravaria o sofrimento das camadas mais vulneráveis, que já vivem em situação de extrema dificuldade.”

Economia

Já a CUT alegou algo parecido para desfalcar a campanha:

“[A CUT] Defende a vida, a soberania e a democracia. Luta contra o governo genocida, criminoso e incompetente de Jair Bolsonaro, que colocou o Brasil na maior crise política, econômica, sanitária e institucional da sua história recente.”

Leia a íntegra da nota do Podemos, assinada pela deputada Renata Abreu, presidente nacional do Podemos; pelo senador Alvaro Dias, líder no Senado; e pelo deputado Igor Timo, líder na Câmara:

As bancadas do Podemos na Câmara e Senado, em reunião na manhã desta quarta-feira (8), avaliaram os últimos acontecimentos, e decidiram:

O Podemos seguirá reforçando sua posição de partido independente e de defesa do Brasil, votando no Congresso a favor e contra o Governo, sempre que entender necessário, mantendo-se fiel às suas bandeiras, como o combate à corrupção e o fim do foro privilegiado, e vigilante pela preservação das instituições democráticas, rejeitando toda e qualquer bravata autoritária em todos os poderes;

Essa posição de independência do Podemos inclui um projeto de terceira via para o País, em que o partido tem seus próprios nomes para a disputa presidencial de 2022. Mas também participa do movimento de convergência do centro político, que poderá resultar em um nome de consenso para representar a maioria da sociedade brasileira, ainda indecisa;

Por fim, o Podemos descarta aderir ao movimento de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro, por entender que a abertura de uma nova crise política, em meio à pandemia do coronavírus, desemprego e crise econômica, só agravaria o sofrimento das camadas mais vulneráveis, que já vivem em situação de extrema dificuldade.

Portanto, o Podemos trabalha para solucionar os problemas da vida real do brasileiro e pacificar o País, e entende que disputas políticas devem ser resolvidas por meio das urnas, nas eleições de 2022.

Deputada Federal Renata Abreu
Presidente nacional do Podemos

Senador Alvaro Dias
Líder do Podemos no Senado

Deputado Federal Igor Timo
Líder do Podemos na Câmara dos Deputados

Aviso da CUT à imprensa sobre 12/09

A CUT, maior central sindical da América Latina, não participará, não convocará e não faz parte da organização de nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro.

A CUT defende a pauta da classe trabalhadora por empregos de qualidade, salário, renda, trabalho decente.

Luta contra toda e qualquer retirada de direitos, contra as privatizações, contra a PEC 32, que desmonta o serviço público, contra a fome, a carestia.

Defende a vida, a soberania e a democracia. Luta contra o governo genocida, criminoso e incompetente de Jair Bolsonaro, que colocou o Brasil na maior crise política, econômica, sanitária e institucional da sua história recente.

Vacina no braço, Comida no prato!

#ForaBolsonaro

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