O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo para que as pessoas economizem energia elétrica das usina hidroelétricas. Ele disse que o país vive a pior crise hídrica dos últimos 90 anos. No entanto, o mandatário não falou nada sobre os desinvestimentos [falta de investimentos públicos] e as privatizações no setor.
Assim como Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no início dos anos 2000, Bolsonaro também se encaminha para obter o título de presidente do apagão em 2022.
“Tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz em casa”, apelou Bolsonaro. “Algumas usinas hidroelétricas deixarão de funcionar devido crise ‘ideológica’ [hídrica, ele quis dizer] continuar existindo”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro ainda disse que a conta ficará mais cara porque o sistema energético brasileiro usa outras fontes geradoras, como as termoelétricas, “que gasta aí o óleo diesel que é muito mais caro.”
Bolsonaro jurou que a bandeira vermelha ‘não é maldade’ do governo, mas uma necessidade para o país não ter apagão.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), é “imprescindível” aumentar a oferta de energia em cerca de 5,5 GW a partir de setembro. Caso contrário, em outubro, o Brasil já poderá sofrer os primeiros apagões mais severos dos últimos 20 anos. As proporções serão muito maiores do apagão que deixou no escuro o Amapá no ano passado.
A quantidade adicional necessária, de 5,5 gigawatts (GW), corresponde a cerca de 7,5% da carga diária atual do sistema elétrico, diz ONS.
Para você nunca esquecer: o apagão e o tarifaço na luz, que vêm aí, são frutos dos desinvestimentos [falta de investimentos públicos] e das privatizações no setor energético.
Assista ao trecho da fala de Bolsonaro
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.