Requião Filho: Vivendo na era do ódio

Por Requião Filho*

Enxergar as pessoas despidas de qualquer filtro e descobrir como o ser humano pode ser abjeto… uma triste realidade!

Os últimos anos não têm sido fáceis e me dou ao direito neste texto de não lamentar o caos humanitário que estamos enfrentando, pessoas sem casa, sem comida, sem condições mínimas de dignidade. Hoje vou falar da essência humana, ou melhor, da lamentável essência que restou à humanidade.

Que me critiquem pelo pessimismo, mas, a cada dia que passa, as pessoas quebram a casca e saem plenas, quiçá, fascistas, vomitam ódio e o horror que borbulham em seu íntimo como verdades absolutas.

O atual ocupante da cadeira de Presidente da República nunca se fez de bonzinho, sempre disse a que veio e, mesmo assim, foi eleito democraticamente. Não posso me decepcionar com quem foi sincero, apenas lamentar nosso triste destino. Mas há situações críticas que nos remetem às mais tristes características da humanidade, como o negacionismo, o racismo, o fascismo, o nazismo, o extremismo religioso… e, agora, o golpe na educação com a tentativa voraz de implantação do ensino domiciliar.

Ouvi discursos abarrotados de preconceito, ódio, racismo revestido de caráter religioso, na defesa do modelo homescholling. Confesso, jamais imaginei viver em mundo tão distópico! Lamento pelas crianças, lamento pelo Brasil, lamento pelo futuro de todos nós!

Economia

Minha coluna hoje é um mero desabafo de quem, como você, está sendo obrigado a viver sobre o domínio do ódio, da queda da dignidade humana e a assistir, não sem lutar, a mais ofensiva e dissimulada derrota social.

*Requiao Filho, advogado, é deputado estadual pelo MDB do Paraná.

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