PCdoB busca filiação de Roberto Requião para disputar o governo do Paraná 2022

O PCdoB aposta na federação partidária para conquistar novas lideranças e nesse contexto busca a filiação do ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião, recém-saído do MDB depois de 40 anos.

A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, que é vice-governadora de Pernambuco, pediu uma consulta à agenda de Requião para desembarcar em Curitiba. Luciana provavelmente estará acompanhada da ex-senadora Vanessa Grazziotin, ex-senadora do PCdoB pelo Amazonas e amiga do político paranaense. Se confirmar o encontro, “camarada Requião” –como já é chamado o ex-governador no Politburo Vermelho– poderá abrir uma garrafa de “Vodka Imperial Collection Faberge Russa” para celebrar a discussão.

Um dos argumentos do PCdoB para fisgar o “coração peludo” de Requião é que dois ou mais partidos poderão associar-se em federação para fins eleitorais, com os mesmos direitos e deveres dos partidos políticos, para concorrer às eleições, desde que ela [a associação] perdure por uma legislatura e tenha caráter nacional, cada qual mantendo sua existência e autonomia como legenda.

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Na prática, a ideia de federação partidária resolve o problema do fim das coligações partidárias e afasta o fantasma da cláusula de barreira, que ameaçava a existência de agremiações ideológicas e programáticas de menor porte.

Ou seja, pela proposta, Requião se filiaria no PCdoB mas disputaria o governo do Paraná em 2022 por uma federação partidária de caráter nacional. Não haveria óbice, por exemplo, da participação do PT, PDT, PSB, Rede, PSOL, PL, dentre outras siglas, na reprodução da “Geringonça“.

O líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PCdoB-PE), explicou que a federação partidária não é opção de esquerda ou de direita e pode ser formada nos mais variados espectros ideológicos.

Além do PCdoB, no começo do mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou Requião para se filiar no PT. O ex-governador paranaense não respondeu ainda. Também foi namorado pelo PDT, de Carlos Lupi, que foi à casa de Requião em Curitiba. Embora ainda uma miragem, o PSB igualmente debate o cenário com o ex-governador paranaense.