Biden jura vingança pela explosão do Afeganistão que matou dezenas de americanos

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em coletiva à imprensa na Casa Branca, jurou vingança na tarde desta quinta-feira (26/08) em Washington. “Não vamos esquecer”, disse ele, ao prometer “caçar” as pessoas por trás dos ataques. O mandatário prometeu ainda que os EUA tirariam do país todos os americanos que permaneceram no Afeganistão e disse que os membros do Estados Islâmico, que ordenaram os ataques, seriam encontrados sem o uso de “grande força militar”.

Pelo menos 60 civis e 13 militares americanos foram mortos na noite de quinta-feira, quando dois homens-bomba e um atirador atingiram uma das principais entradas do aeroporto internacional de Cabul poucas horas depois que agências de inteligência ocidentais alertaram sobre uma ameaça iminente à operação de evacuação urgente em andamento.

O ataque marca o dia mais mortal para as tropas americanas em mais de uma década. Os ataques de quinta-feira marcaram o dia mais mortal para as tropas americanas no Afeganistão desde 6 de agosto de 2011, e as primeiras mortes de militares desde fevereiro de 2020.

Taleban faz segurança para saída das tropas estrangeiras

Por incrível que possa parecer, as forças de segurança Taleban cuidam da retaguarda na retirada das tropas estrangeiras nas proximidades do aeroporto de Cabul. Eles têm um inimigo em comum à combater no Afeganistão: o Estado Islâmico.

Estado Islâmico – IS Amaq

O comandante central das Forças Armadas dos EUA, general Kenneth F McKenzie, disse que os EUA estão preparados para tomar medidas contra os responsáveis ​​pelo ataque a Cabul. Mckenzie disse que a cooperação com o Taleban provavelmente frustrou os ataques anteriores. Em resposta aos ataques, o McKenzie insistiu que a operação de evacuação continuaria.

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques. Uma agência de notícias oficial do IS Amaq disse em seu canal Telegram que um membro chamado Abdul Rahman al-Logari realizou “a operação de martírio perto do aeroporto de Cabul”. O nome sugere que o assassino era afegão.

Economia

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, ordenou que as bandeiras do Capitólio dos Estados Unidos em Washington fossem hasteadas por meio pessoal “em homenagem aos militares americanos e outros” mortos no ataque.

Estado Islâmico assumiu o ataque em Cabul

O que se sabe até agora sobre a afiliada do Estado Islâmico no Afeganistão – Estado Islâmico, província de Khorasan – assumindo a responsabilidade pelo ataque fora do aeroporto de Cabul.

Dois homens-bomba e homens armados atacaram multidões de afegãos que tentavam entrar no aeroporto de Cabul na quinta-feira, matando pelo menos 60 afegãos e 13 soldados americanos, disseram autoridades afegãs e norte-americanas.

O braço do EI, conhecido como Estado Islâmico-Província de Khorasan, em homenagem à região desde a antiguidade, disse em sua reivindicação de responsabilidade que tinha como alvo as tropas americanas e seus aliados afegãos.

A Associated Press relata que o comunicado trazia uma foto do que o grupo militante disse ser o homem-bomba que executou o ataque. A imagem mostra o suposto agressor em pé com o cinto de explosivos em frente à bandeira preta do IS com um pano preto cobrindo o rosto, apenas os olhos aparecendo.

Uma agência de notícias oficial do EI Amaq disse em seu canal Telegram que o membro se chamava Abdul Rahman al-Logari. O nome sugere que o assassino era afegão. O EI também disse que o homem-bomba conseguiu passar pelos pontos de controle de segurança do Taleban para chegar a 5 metros de uma reunião de soldados, tradutores e colaboradores dos EUA antes de detonar seus explosivos. Ele disse que o Taleban também estava entre as vítimas.

O comunicado também disse que o homem-bomba contornou as medidas de segurança dos EUA e que o campo visado era onde as forças dos EUA estavam reunindo a papelada para aqueles que trabalharam com os militares, relata a AP. É importante observar que essas alegações não foram verificadas independentemente – eles são a versão do Estado Islâmico do que ocorreu.

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