CPI prepara surpresa para o “caguei” de Bolsonaro; acompanhe ao vivo pelo Blog do Esmael

Daqui a pouco, a partir das 9h, a CPI da Pandemia prepara uma surpresa para o “caguei” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Blog do Esmael transmite a sessão ao vivo para o Brasil e o mundo.

Reagindo a uma carta da comissão de investigação, pedindo sua manifestação, o presidente da República foi grosseiro com os senadores. “Caguei para CPI, não vou responder nada”, disse Jair Bolsonaro, seguido de uma crise de soluços [hic, hic, hic].

CPI da Covid ao vivo

Bolsonaro insultou os senadores da CPI após receber a carta, que é um documento oficial do colegiado. Ele xingou os parlamentares da comissão de “patifes” e “picaretas”. “Renan Calheiros é imbecil; Omar Aziz, hipócrita; e Randolfe Rodrigues, analfabeto.”

Os membros da comissão de investigação disseram na missiva ao presidente que só ele pode retirar o “peso terrível” dos ombros do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, apontado como envolvido na aquisição irregular de vacinas.

CPI ouve nesta sexta mais um servidor da Saúde sobre compra da Covaxin

O servidor do Ministério da Saúde Willian Amorim Santana será a próxima testemunha a ser ouvida pela CPI da Pandemia nesta sexta-feira (9/7). A reunião está marcada para 9h.

Economia

A pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os parlamentares esperam que Willian dê informações sobre o contrato celebrado entre a União e a Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos para o fornecimento de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.

“O convocado  é servidor do Ministério da Saúde e, nessa condição, tem conhecimento de informações relevantes sobre esse contrato, daí a importância do depoimento”, destacou Randolfe em seu requerimento.

Willian Santana é técnico da divisão de importação do ministério e o nome dele foi citado na CPI pela fiscal de contratos da pasta Regina Célia Oliveira na terça-feira (6/7). Na ocasião, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), ao descobrir que teria sido Willian o responsável por avisar à Precisa que as invoices (espécie de faturas para negociações internacionais) estavam com irregularidades, também defendeu a convocação do servidor.

A testemunha a ser ouvida nesta sexta-feira é subordinada a Luis Ricardo Miranda, que já depôs à comissão e disse que sofreu “pressão atípica” de seus superiores hierárquicos para aprovação rápida da negociação com a Bharat.

Luis Ricardo Miranda contou também aos senadores que na análise das invoices foram encontradas informações diferentes daquelas do texto original do contrato. Algumas dessas divergências: a forma de pagamento, a quantidade de doses e a indicação de uma empresa intermediária, a Madison Biotech, com sede em Cingapura. Por isso, foi solicitada a correção dessas discrepâncias.

Wilson Witzel

A previsão inicial da comissão para sexta-feira era enviar alguns senadores ao Rio de Janeiro para ouvirem, em reunião reservada, o ex-governador Wilson Witzel. Em depoimento à comissão, no dia 16 de junho, ele disse aos senadores ter “fatos graves” a relatar e garantiu que a corrupção na área da saúde do estado continuou após seu impeachment. Mas, depois da oitiva de Regina Célia, o comando da comissão decidiu priorizar esta semana linha de investigação sobre a compra da Covaxin.