Brasil liderou missão de paz da ONU no Haiti por 13 anos

Presidente do Haiti foi assassinado em um ataque na madrugada de hoje

O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado em um ataque à residência oficial, na capital Porto Príncipe, na madrugada desta quarta-feira (7/7), anunciou o primeiro-ministro do país, Claude Joseph. O país ficar no Caribe e é um dos mais pobres do mundo.

O premiê afirmou também que a primeira-dama Martine Moise também levou um tiro, mas ele não informou o estado de saúde dela.

Joseph afirmou em um comunicado que “um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o Chefe de Estado”.

O premiê pediu à população “que se acalme” e afirmou que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”. “Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.

Leia também

O Haiti é a nação mais pobre das Américas e tem um longo histórico de ditaduras e golpes de Estado.

Economia

O país de 11,4 milhões de habitantes faz fronteira com a República Dominicana em uma ilha no Caribe e tem um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.

Em 2004, as forças armadas do Brasil lideraram uma missão de paz da ONU no Haiti. Na época, o país estava à beira de uma guerra civil.

Cerca de 37 mil militares brasileiros permaneceram na ilha por 13 anos, até 2017.

Fruto dessa participação brasileira nos conflitos no país caribenho, milhares de haitianos migraram para o Brasil principalmente após o terremoto de 2010.