Bolsonaro tem dois caminhos: ou renúncia ou impeachment

O impeachment é assunto muito sério para deixar somente nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por isso é fundamental a próxima manifestação no dia 24 de julho, a #24J, pelo afastamento de Jair Bolsonaro (sem partido). Outro caminho seria o presidente da República, num gesto mais intimistas antecipar-se com a renúncia.

Não são os malfeitos ou os índices de aprovação que levam ao impeachment de um presidente da República. Fosse isso, Michel Temer (MDB-SP), que era o chefe de Estado pior avaliado do mundo, teria sido defenestrado pelo Congresso e pelas ruas e não teria passado a faixa para o genocida.

Um presidente só cai quando se isola politicamente das instituições, independentemente das questões econômicas [vide o governo Dilma Rousseff, do pleno emprego]. Na época, o mundo não entendia como um País como o Brasil, próspero, almejava derrubar a primeira mulher presidente.

A questão da corrupção é um fetiche nacional desde o Império, independente de quem acusa e de quem é acusado. Serve apenas aos propósitos políticos, embora essa deterioração seja típica do estado de putrefação do capitalismo, que precisa ser cotidianamente combatida.

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O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PROS-AL), hoje senador, fez escola para Bolsonaro. Aliás, o político alagoano é o principal assessor do miliciano. Foi dele a ideia dos passeios de moto para debelar a crise de imagem na pandemia.

Em 1992, Collor renunciou antes de sofrer impeachment no Congresso Nacional.

Economia

Talvez o ex-caçador de marajás, uma invenção da Globo para derrotar Lula em 1989, esteja neste momento soprando no ouvido de Jair Bolsonaro: ‘renúncia, renúncia, vai… não dê o gostinho do impeachment para esses comunistas cubanos, chineses e russos…’

Não vai ter golpe. Não há as condições para que Bolsonaro, num ambiente de genocídio, interrompa o processo democrático. As ruas já não lhe são favoráveis. Ele perdeu.

Bolsonaro tem dois caminhos possíveis para essa crise: ou renuncia ou sofre impeachment. Não é uma escolha difícil.

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