Bolsonaro diz que está ‘cagando e andando’ para o vice da Câmara

O presidente Jair Bolsonaro (em partido), após alta médica neste domingo (18/7), disse que está ‘cagando e andando’ para o vice da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que, segundo o mandatário, foi o responsável pela aprovação do fundo eleitoral, na semana passada.

Ramos presidiu a sessão que votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e ampliou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões o valor do fundo para 2022.

“O responsável por aprovar isso aí é o Marcelo Ramos, lá do Amazonas, o presidente”, atacou Bolsonaro. “O Marcelo Ramos que fez isso tudo. Se tivesse destacado, talvez o resultado teria sido diferente. Então, cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos”, disparou o presidente da República.

O vice da Câmara, por sua vez, disse que o presidente corre de suas responsabilidades e obrigações e lembrou que não votou na matéria, pois estava presidindo a sessão.

“Se depender do Bolsonaro, ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas”, replicou Ramos.

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“Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correrem das suas responsabilidades e obrigações”, continuou o deputado.

Economia

Na tréplica, Bolsonaro disse que está ‘cagando e andando’ para o vice da Câmara.

O fundo eleitoral, aprovado na quinta-feira (15/7), teve o fundo triplicado. Era de R$ 2 bilhões e saltou para R$ 5,7 bilhões.

Embora a base governista tenha votado para ampliar o fundão, Bolsonaro jura que a história não tem nada a ver com ele.

“Teve a votação da LDO, que interessava para o governo. Então, num projeto enorme, alguém botou lá dentro essa casca de banana ou essa jabuticaba”, disse o mandatário.

Na prática, Bolsonaro irá sancionar a LDO aprovada na semana ou, caso vete, o Congresso tende a derrubar o veto. Porém isso tem um custo político, de desgaste do presidente sobretudo com os partidos do Centrão.