Rafael Greca gosta mais de asfalto do que de vacinas, dispara deputado aliado de Ratinho Junior

O deputado estadual Delegado Francischini (PSL), pelo Twitter, disparou neste sábado (19/6) contra o prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM) na questão das vacinas.

“Se o Greca fiscalizasse a Fila e gostasse de Vacina igual gosta de Asfalto e Ônibus, Curitiba já estaria vacinando 18 anos sem comorbidades!”, escreveu o parlamentar, que é aliado do governador Ratinho Junior (PSD).

Francischini é presidente de uma Comissão Especial criada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para apurar irregularidades na imunização.

Durante a semana, Ratinho e Greca divergiram sobre as quantidades de imunizantes. Eles apresentaram números diferentes nas redes sociais.

Na propaganda, o governo do Paraná disse que iria acelerar a vacinação, mas ressalvou em letras miúdas que isso dependeria da infraestrutura nos municípios.

“Não estou pedindo nenhum favor, eu peço respeito a Curitiba”, exigiu Greca em vídeo publicado na quinta-feira (17/6). “Estou pedindo que as vacinas que serão repassadas agora pelo Ministério da Saúde façam a equiparação daquilo que nos é devido e que nós temos perdido por discrepância ou por falha técnica”, afirmou afirmou o prefeito Curitiba.

Economia

Leia também

No outro lado da Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, na capital paranaense, Ratinho Junior também publicou vídeo reafirmando que não faltaria o imunizante e exultou a quantidade “abundante” de vacinados.

Ocorre que faltou o imunizante neste sábado (19/6) em vários municípios do estado. Muitas pessoas ficaram na fila, porém não conseguiram ser vacinadas. Em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, por exemplo, uma multidão esperava na chuva quando recebeu o aviso de que a vacina tinha acabado. Houve protestos. A cena se repetiu em Cascavel e Londrina, dentre outras cidades.

Segundo o mapa da vacinação, o Paraná tem 1.278.664 vacinados que receberam a 2ª dose –equivalente a 11,1% da população do estado. Para conter a pandemia, diz um estudo da UFPR, é preciso vacinar 56% da população com as duas doses.

O dia de hoje teve a maior média móvel de mortes na pandemia, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SESA). Mais um novo recorde, haja vista que ontem foi o dia com mais óbitos em 24 horas.