Presidente Bolsonaro poderá ser responsabilizado no relatório final da CPI da Covid

  • Relatório final da comissão será remetido ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, por genocídio e crime contra a humanidade

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, indicou nesta sexta-feira (18/6) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) poderá ser responsabilizado pelo relatório final da comissão de investigação no Senado.

Renan apresentou hoje uma lista com 14 nomes de testemunhas que, agora, passam à condição de investigados pela CPI.

Confira a lista de Renan Calheiros:

  • Marcelo Queiroga (atual ministro da Saúde);
  • Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde);
  • Ernesto Araújo (ex-ministro das Relações Internacionais);
  • Elcio Franco (ex-secretário executivo da Saúde);
  • Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência);
  • Carlos Wizard (empresário);
  • Fábio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação);
  • Franciele Francinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização);
  • Hélio Angotti Neto (secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde);
  • Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas);
  • Mayra Pinheiro (secretária de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde);
  • Nise Yamaguchi (médica);
  • Paolo Zanotto (médico); e
  • Luciano Dias Azevedo (médico).

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Renan Calheiros disse que, apesar de não estar na lista divulgada hoje, o presidente Jair Bolsonaro poderá ser responsabilizado ao final dos trabalhos pela CPI da Covid.

“Essa é uma análise que estamos refletindo, ouvindo as pessoas, conversando com as instituições. Se a CPI puder diretamente investigar o presidente, já que a vedação é (apenas) para o não comparecimento para prestar depoimento, e não óbvia vedação à investigação… Se a competência favorecer a investigação, quero dizer que vamos investigar, sim. Se não pudermos trazê-lo para depor, poderemos fazer perguntas por escrito, como em muitas circunstâncias compete fazer a presidente da República… Aparecendo fatos óbvios, como tem aparecido, a CPI vai ter que responsabilizar. Diante de provas, não há como não responsabilizar. Seria um não cumprimento do nosso papel”, declarou o relator da comissão.

Mesmo sem a possibilidade de investigar convocar o presidente da República e sem competência para incriminar diretamente o mandatário, o relatório final da CPI pode ser remetido ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, por genocídio e crime contra a humanidade.

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