França multa Google em € 220 milhões por monopólio de anúncios online

O regulador da concorrência da França multou o Google nesta segunda-feira (7) em € 220 milhões (R$ 1,35 bilhão) depois de descobrir que o grupo abusou de sua posição dominante no mercado para monopolizar os anúncios online. A decisão é a mais recente ação de autoridades europeias contra os gigantes da tecnologia dos Estados Unidos no bloco.

A sanção faz parte de um acordo alcançado depois que três grupos de mídia – o News Corp, o diário francês Le Figaro e o belga Groupe Rossel – acusaram o Google de ter o monopólio das vendas de anúncios online no mercado europeu.

A Autoridade para a Concorrência na França determinou que o Google deu tratamento preferencial ao seu próprio serviço de leilão de anúncios AdX, e à plataforma Doubleclick Ad Exchange, um site de leilões em tempo real.

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Economia

Os clientes que tentavam colocar anúncios em sites da internet ou aplicativos móveis usando plataformas rivais muitas vezes descobriam que estavam pagando mais do que aqueles que usavam os dois serviços do Google, reagrupados sob a marca Google Ad Manager.

“Trata-se da primeira decisão judicial no mundo a examinar os complexos processos algorítmicos para os leilões que determinam a frequência da ‘exibição’ da publicidade online”, disse a presidente da Alta Autoridade para a Concorrência, Isabelle de Silva, em um comunicado.

O regulador francês disse que o Google não contestou suas conclusões e se comprometeu com mudanças operacionais no sistema, incluindo uma interoperabilidade aprimorada com provedores de promoção de anúncios terceirizados.

No blog da empresa, a diretora jurídica da Goolge France, Maria Gomri, prometeu testar e desenvolver mudanças nos próximos meses “antes de desenvolver de maneira mais ampla, algumas delas em escala mundial”.

O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, comemorou a decisão da Alta Autoridade da Concorrência do país que permitiu, segundo ele, “sancionar erros graves”. “É essencial aplicar nossas regras de concorrência às gigantes da informática que atuam em nosso território”, disse Le Maire.

Por RFI