O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), informou neste sábado (8/5) que está no “ataque” e que os integrantes da comissão de inquérito “não têm medo” da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), da polícia política do governo Bolsonaro ou de outras ameaças do Palácio do Planalto.
Em uma live promovida pelo Grupo Prerrogativas, o parlamentar reafirmou que o foco da comissão são as omissões do governo federal na pandemia que resultaram até agora em mais de 420 mil mortes.
Soube-se pela revista Crusoé que a Abin foi acionada oficialmente pelo governo de Jair Bolsonaro para reunir informações contra governadores e prefeitos e, assim, municiar o Planalto na CPI da Covid.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já havia anunciado na sexta-feira (7/5) que iria requer, em comum acordo com a direção da CPI, o afastamento do delegado Alexandre Ramagem da direção da Abin por obstrução a investigação parlamentar.
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Novos convocados a depor na CPI
Renan disse que o ministro da Justiça, Anderson Torres, o “Zero Cinco”, poderá ser convocado para depor na CPI para explicar o uso da PF como polícia política, mas descartou, por ora, que Carlos Bolsonaro, o Carluxo, seja chamado. “É exatamente isso que eles querem que aconteça para dizer que é uma perseguição familiar”, explicou.
Festejado e alçado à condição de “salvador” do País diante do genocida, Renan Calheiros prometeu ainda uma devassa na compra e venda de cloroquina. Ele disse que poderá seguir o dinheiro durante as investigações na CPI.
CPI quer cruzar dados com inquérito das fake news no STF
O relator da CPI, Renan Calheiros, disse que aguarda a volta do ministro do STF Alexandre de Moraes a Brasília para discutir o cruzamento de informações com o inquérito das fake news. Dentre os investigados pela corte está o empresário Luciano Hang, o Véio da Havan, aliado e parceiro de passeios na garupa do presidente Jair Bolsonaro.
Assistir a íntegra da live com Renan [vídeo]
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.