O ex-deputado estadual Jorge Picciani (MDB), de 66 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (14). Ele foi presidente da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) por vários mandatos.
Picciani estava internado desde o dia 8 de abril no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde fazia um tratamento de câncer na bexiga.
O atual presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), já ofereceu a Casa para o velório e disse que vai declarar luto oficial por três dias.
Conhecido como o “Homem de Palavra”, Picciani era um defensor do estado de direito democrático. Foi aliado do ex-governador Sérgio Cabral e chegou a ser investigado pela Lava Jato, suspeito de corrupção.
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Uma de suas características era a habilidade de negociar e conseguir votos. Em uma de suas eleições, conseguiu também eleger o filho, o ex-deputado estadual Rafael Picciani.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), lamentou a morte do ex-deputado estadual, com quem manteve uma boa relação por muitos anos.
Jorge Picciani foi preso por corrupção
Picciani teve a prisão preventiva decretada em 2017, após uma denúncia do MPF apontar o recebimento de propina da Fetranspor e da Odebrecht, a fim de atuar em favor dos interesses das empresas junto à Alerj. Em 2018, o STF concedeu prisão domiciliar a Picciani em razão do tratamento do câncer que o matou hoje.
O ex-deputado foi acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da operação Cadeia Velha.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.