Chacina no Rio teve 28 mortos; vice Mourão apoiou operação policial no Jacarezinho

A polícia do governo do Rio de Janeiro, após mais de 24 horas após operação, não divulgou a identidade dos mortos no Jacarezinho.

Segundo atualização nesta sexta-feira (7/5), o número de mortos subiu para 28 sendo um policial.

Das 27 pessoas executadas ontem, Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que são “criminosos” –embora titubeie para divulgar o nome dos que tiveram o “CPF Cancelado”.

Desses mortos na ação policial, três foram denunciados pelo Ministério Público por tráfico de drogas e eram procurados pela polícia –segundo a própria polícia.

Um dos executados pela polícia no Jacarezinho, de 32 anos, que tinha passagem, foi morto enquanto saía para comprar pães –alegam familiares.

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Vice-presidente apoiou a chacina

Mesmo sem investigações, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), apoiou a operação policial que resultou na pior chacina da história do Rio de Janeiro.

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“Tudo bandido”, disse o vice, antecipando-se às investigações e as perícias.

“Entra um policial numa operação normal, leva um tiro na cabeça em cima de uma laje, lamentavelmente essas quadrilhas de narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sobre determinadas áreas”, declarou Mourão.

O vice ainda afirmou que a chacina “é um problema sério da cidade do Rio de Janeiro que vamos ter que resolver um dia”, sem lembrar que as Forças Armadas já intervieram na segurança pública do Rio e não resolveram a questão por um simples detalhe: falta Estado e equipamentos públicos; falta emprego, salário e educação; falta governo do estado, prefeito e presidente da República.