O presidente Jair Bolsonaro planeja na live semanal desta quinta-feira (20/05) abrir fogo contra a CPI da Covid e o relator dessa comissão de inquérito, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), dizendo que se trata de um tribunal político.
Na semana passada, o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), assumiu a dianteira dos ataques ao colega alagoano ao xingá-lo de vagabundo e desafiar que prefeitos e governadores também sejam investigados pela CPI.
A intervenção do senador Marcos Rogério (DEM-RO), que exibiu vídeos de governadores defendendo uso da hidroxicloroquina, de acordo com recomendação médica, no início da pandemia, sinaliza uma guerra de torcida que poderá ser estimulada por Bolsonaro visando confundir a opinião pública.
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Os vídeos mostrados por Rogério na manhã de hoje são antigos, de março e abril de 2020, portanto, anterior à compreensão da ineficácia da cloroquina no tratamento da doença.
No depoimento à CPI do ministro da Saúde mais longevo do governo, general Eduardo Pazuello, houve a clara disposição do militar de blindar o presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, o presidente da comissão inquérito, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que ao proteger o mandatário, o ex-ministro da Saúde está chamando para si toda a responsabilidade pelo genocídio no País.
Desde o início da pandemia, o Brasil perdeu 441 mil vidas para a covid-19.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.