A velha mídia corporativa registra que o presidente Jair Bolsonaro está “acuado” desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi reabilitado, na semana passado, para disputar as eleições 2022.
Na prática, só Lula consegue colocar ordem no galinheiro a ponto de Bolsonaro, enfim, defender a vacina, usar máscara, readmitir o Zé Gotinha, admitir que a terra é redonda.
O “Efeito Lula” operou milagre nos últimos dias, como se viu. Porém, pau que nasce torto…
O negacionismo de Bolsonaro é algo orgânico e necessário para manter coesa sua base fundamentalista.
LEIA TAMBÉM
Efeito Lula: Eduardo Bolsonaro agora diz que ‘a vacina é a nossa arma’
Bolsonaro voltará ao PSL para disputa contra Lula em 2022
Lula, milagreiro, fez Bolsonaro acreditar na vacina
O presidente, sem ficar corado, mentiu na live de quinta passada negando o que dissera para minimizar a pandemia. Ele continua a lançar dúvidas sobre a eficácia da máscara, fulmina medidas restritivas decretadas por governos estaduais e municípios e ainda faz propaganda da cloroquina, dentre outros absurdos.
Bolsonaro sentiu que recebeu na semana passado um “aviso prévio” de sua demissão com a entrada de Lula no páreo 2022. Por isso o mandatário ficou “chupeta” nesses últimos dias.
O petista é o único que consegue colocar ordem no galinheiro. Resta saber se os demais atores –barões da mídia, banqueiros e especuladores– querem mudar alguma coisa.
A burguesia quer que tudo continue como está. Afinal, ela nunca ganhou tanto dinheiro quanto agora.
Portanto, o povo é o principal aliado das forças progressistas –e de Lula– para demitir Bolsonaro em 2022.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.