Bolsonaro x Ratinho: pedágio, lockdown e eleições podem distanciar os dois políticos

O Centrão faz escola pelo Sul também.

O Blog do Esmael registrou mais cedo que deputados e senadores do Nordeste, pensando na reeleição, já estão flertando com a volta de Lula em 2022. Eles sabem que o petista é imbatível eleitoralmente naquelas plagas.

Dito isso, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), também começou a sonhar com a própria continuidade no Palácio Iguaçu (sede do governo estadual). Para isso ele terá de rebolar bastante porque começou a surgir uma frente alternativa no estado.

De olho do cenário eleitoral do ano que vem, o governador paranaense tem dado mostras de exasperação com o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro –de quem foi fiel seguidor desde o princípio.

Nos últimos dias, Ratinho contrariou o aliado adotando medidas restritivas. Nesta sexta-feira (12/3), inclusive, suspendeu as aulas presenciais e não definiu data por causa do avanço da covid no estado.

O rompimento de vez entre Bolsonaro e Ratinho, avaliam parlamentares ouvidos pelo Blog do Esmael, dar-se-á na questão dos pedágios, quando o governador do Paraná se posicionar contra o modelo híbrido concessão onerosa proposta pelo Palácio do Planalto.

Economia

Na manhã de hoje, por exemplo, em audiência pública online, lideranças políticas e empresariais de Umuarama, região Noroeste, pressionaram Ratinho para que se posicione a favor do modelo de licitação de pedágio com menor preço, mais obras e em menos tempo.

Não é certo ainda um divórcio entre Ratinho e Bolsonaro, mas “eles já começaram a dormir em camas separadas” –informou ao Blog do Esmael o “Garganta Profunda do Palácio do Iguaçu”.