Petrobras vendeu refinaria da Bahia para uma holding estatal dos Emirados Árabes

  • Estatal árabe comprou refinaria baiana por US$ 1,65 bilhão, segundo a Petrobras

A Petrobras comunicou nesta segunda-feira (08/02) que conclui a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, na Bahia. O Mubadala Capital apresentou a melhor oferta final, no valor de US$ 1,65 bilhão. A assinatura do contrato de compra e venda ainda está sujeita à aprovação dos órgãos competentes.

O fundo Mubadala Capital é uma holding estatal dos Emirados Árabes cujo capital integral é do governo de Abu Dhabi.

A Petrobras recebeu também propostas vinculantes para venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, mas decidiu pelo encerramento do processo, uma vez que as condições das propostas apresentadas ficaram aquém da avaliação econômico-financeira da Petrobras. Assim, a companhia iniciará tempestivamente novo processo competitivo para essa refinaria.

A estatal de petróleo brasileira disse que o processo de liquidação continua nas seguintes refinarias:

  • Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul;
  • Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas;
  • Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco;
  • Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais;
  • Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará; e
  • Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.

A venda dos ativos das subsidiárias, a exemplo das refinarias, pode tornar o Brasil dependente externo do refino do petróleo –embora seja um dos maiores produtores. Ou seja, a criminosa liquidação da estatal compromete a soberania energética do País.