Defensor de bancos, Bolsonaro diz que novo auxílio deve voltar em março, com parcelas de R$ 250

O presidente Jair Bolsonaro deu uma de “Robin Hood” ao contrário, ou seja, anunciou que vai continuar tirando dos pobres para entregar aos ricos. Claro que esse anúncio foi sutil, disfarço de “bondade” como se vê mais adiante.

Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25), durante sua live semanal nas redes sociais, que o valor do novo auxílio emergencial a ser proposto pelo governo será de R$ 250. O benefício, segundo ele, deve começar a ser pago ainda em março, por um período total de quatro meses. 

” A princípio, o que deve ser feito? A partir de março, por quatro meses, R$ 250 de auxílio emergencial. Então é isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado ainda, em especial, com os presidentes da Câmara [Arthur Lira (PP-AL)] e do Senado [Rodrigo Pacheco (DEM-MG)]. Porque a gente tem que ter certeza de que o que nós acertarmos, vai ser em conjunto”.

O auxílio emergencial em abril do ano passado foi de R$ 600, graças à combatividade da oposição no Congresso Nacional. Naquela oportunidade, Bolsonaro ofereceu apenas R$ 200.

A expectativa, segundo o presidente, é que os quatros meses complementares de auxílio possam fazer a “economia pegar de vez”. “Nossa capacidade de endividamento está, acredito, no limite. Mais quatro meses pra ver se a economia pega de vez, pega pra valer”, afirmou, embora ele sempre tenha se gabado de não entender de economia.

O novo auxílio emergencial deve substituir o auxílio pago ao longo do ano passado, como forma de conter os efeitos da pandemia de covid-19 sobre a população mais pobre e os trabalhadores informais.

Economia

Inicialmente, o auxílio emergencial, em 2020, contou com parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil (no caso de mães chefes de família), por mês, para cada beneficiário. Projetado para durar três meses, o benefício foi estendido para um total de cinco parcelas.

Em setembro do ano passado, foi liberado o Auxílio Emergencial Extensão, de R$ 300 (R$ 600 para as mães chefes de família), com o pagamento de quatro parcelas mensais. O último pagamento do benefício ocorreu no final de janeiro. Cerca de 67 milhões de pessoas foram contempladas com o programa. 

A renovação do benefício ainda precisa ser proposta pelo governo ao Congresso Nacional e, em seguida, aprovada pelos parlamentares.

O Brasil tem capacidade de pagar um auxílio emergencial para todas as pessoas adultas, independente de renda, mas o presidente Bolsonaro age como se fosse estagiário dos banqueiros.

O dinheiro que o mandatário deixa de transferir aos mais vulneráveis também não circula. Esse numerário se concentra nas mãos dos donos de bancos e isso gera a depressão econômica, desemprego, fome, miséria.

Resumo da ópera: Bolsonaro cava a própria cova ao entregar a chave do cofre para os especuladores; quem viver verá.