Parte da esquerda brasileira ficou desgostosa com a antecipação do lançamento do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) à sucessão de Jair Bolsonaro em 2022.
Apesar de Haddad falar em nome de Lula, o ex-presidente ainda não emitiu nenhum sinal sobre a candidatura do ex-prefeito. Nem o PT se manifestou sobre a extemporânea candidatura.
O líder do MTST, Guilherme Boulos (PSOL), foi um dos primeiros a passar recibo sobre a movimentação do PT. Disse que deveria existir um programa comum antes da definição do nome, etc.
“Defendo que a esquerda busque unidade pra enfrentar Bolsonaro. Para isso, antes de lançar nomes, devemos discutir projeto”, disse o ex-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, abrindo a temporada de polêmicas.
Outros políticos do campo progressista —mais discretos— acreditam que o PT desistiu das eleições de 2022; alguns choramingam porque o “escolhido” foi Haddad, não eles.
O fato é que Lula e PT ficaram silentes em relação à importante antecipação de Haddad.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também nada comentou sobre a candidatura antecipada de Fernando Haddad.
Seria uma tática pré-julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro na Segunda Turma do STF?
Lula, com os direitos políticos reabilitados, voltaria à disputa de 2022?
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.