Auxílio emergencial microscópico de R$ 50 (cinquenta reais) propõe porta-voz de bancos

O titubeante governo de Jair Bolsonaro não tem coragem de propor um valor de auxílio emergencial que garanta a dignidade das famílias, por isso ele abre para especulações sobre numerários minúsculos, abaixo do aceitável, só perceptíveis no microscópio.

A think tank Centro de Liderança Pública (CLP), por exemplo, de orientação extrema direita, está sugerindo uma esdrúxula fórmula escalonada que consistiria:

  • R$ 50 para cada pessoa de uma família já beneficiada pelo programa Bolsa Família; e
  • R$ 100 para quem recebeu o auxílio emergencial no ano passado, mas não fazia parte do Bolsa Família antes.

Os banqueiros ficaram bastante felizes porque essa fórmula custaria R$ 8 bilhões, uma redução de quase 65% em relação à última fase do auxílio emergencial –que durou entre setembro e dezembro de 2020.

Nem o ministro Paulo Guedes, genuíno representante dos interesses dos bancos, teria ousadia para tamanha canalhice.

O auxílio emergencial raiz consistia em parcelas de R$ 600 – e de R$ 1,2 mil para famílias comandadas por mães solteiras.

Além de comportar-se como porta-voz dos banqueiros, a “CLP”, se é que existe de fato, ganhou 15 minutos de fama pela pena do Estadão. A velha mídia também torce contra um auxílio emergencial decente porque ela é associada à especulação financeira.

Economia

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